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SALVADOR

Mapa da PM indica as 13 áreas mais perigosas

Por Adilson Fonsêca, do A Tarde

07/09/2008 - 22:45 h | Atualizada em 07/09/2008 - 23:27

O Comando de Policiamento da Capital mapeou 13 áreas em Salvador que são consideradas as mais perigosas e onde existem pontos tidos como “inacessíveis” para quem não reside nos locais, e que são supostamente dominadas pelo tráfico de drogas. Cada uma das áreas tem entre duas e três comunidades, e todas estão localizadas em bairros pobres da periferia da cidade.

Nessas áreas, a ida à escola, a manutenção da rede elétrica, esgoto ou até mesmo a entrega de correspondência não dependem apenas da vontade e necessidade da população. Empresas públicas e privadas prestadoras de serviços essenciais precisam de autorização e até mesmo escolta policial para fazer com que o serviço chegue à comunidade.

Segundo explicou o capitão Marcelo Pita, porta-voz do comando da Polícia Militar, essas áreas foram mapeadas no final do ano passado e desde então contam com 138 homens especializados.

Reclamações - O líder comunitário do Conjunto Habitacional São Cristóvão (Invasão Iolanda Pires), Denilson “Roni” da Silva, explicou que o problema da violência não pode ser encarado de forma isolada. Segundo disse, “o que precisamos, antes de mais nada, é de uma política de inclusão social, que permita aos moradores dessas comunidades terem acesso ao mercado de trabalho e à infra-estrutura urbana e social. Falta uma política social completa, onde o policiamento é apenas um dos itens”, afirmou.

Para o capitão Marcelo Pita, desde quando foi desencadeada a“ Operação Nazireu” que a violência tem diminuído em Salvador. O mapeamento das áreas de riscos, conforme disse, é um desdobramento da própria Nazireu, que conta com efetivos de diversos batalhões da capital.

Ele explicou que, além dos 138 homens destacados para as 13 áreas, outros 130 homens da Rondesp fazem o policiamento de apoio nesses locais. Não há prazo para que as ações ostensivas da polícia terminem em Salvador. “O que pode acontecer é um reordenamento das estratégias de ação, mas as ações policiais nas chamadas áreas antes inacessíveis vão continuar enquanto se fizerem necessárias”, disse.

Boas-Vindas – Para quem chega pela primeira vez às invasões Planeta dos Macacos e Iolanda Pires, em São Cristóvão, a orientação é para que não se entre em determinadas ruas, a não ser se tiver acompanhamento de alguma liderança do bairro, ou “autorizações especiais”. Os recados são passados por adolescentes e até mesmo moradores antigos, que advertem os visitantes dos riscos que correm nesses locais.

Tanto na comunidade de Planeta dos Macacos (Conjunto Habitacional São Cristóvão), como na Iolanda Pires (Vale das Dunas do Abaeté), a segregação é mais acentuada por causa da rivalidade entre as supostas lideranças do tráfico. Outro fator que contribui para o problema é o muro que separa as duas comunidades da Avenida Caribé, que liga a Avenida Paralela ao Aeroporto.

Muro da vergonha– O “muro da vergonha”, como é chamado, tem 2,5 metros de altura e foi feito todo em placas de concreto e ferro, impedindo que moradores passem para o outro lado da avenida, em direção à praia. O muro foi construído há 10 anos, após inúmeras queixas, de que pessoas assaltavam veículos e transeuntes. O resultado disso é que as crianças que moram na comunidade Iolanda Pires têm dificuldades para freqüentar as três escolas públicas da área, que ficam justamente na comunidade rival vizinha.

A coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) local, Cibele Serpa, diz que a instituição não se mete nos problemas de violência da comunidade, mas realiza um trabalho preventivo, de reintegração familiar.

São 663 famílias carentes que recebem atendimento psicossocial. “Independentemente da situação, atendemos todos, sem perguntar de que comunidade são”, diz. Em Salvador, o Cras está presente em 13 bairros, todos eles de baixa renda, localizados na periferia e considerados áreas de risco social Colaborou
Cilene Brito

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