SALVADOR
Memorial das baianas é alvo de quarto furto em três meses
Sede de entidade foi alvo de ações criminosas em maio, no mês de junho e no último dia 21
Por Antônio Dilson Neto*

O Memorial das Baianas de Acarajé da Bahia, localizado na Praça da Cruz Caída, teve novo furto na madrugada de quinta-feira. De acordo com Rita Santos, coordenadora geral do espaço, foram furtados dois toldos de proteção instalados na fachada do museu. Logo no mês da reinauguração após obras de requalificação, em maio deste ano, o espaço foi alvo de ação criminosa. Ataques também ocorreram após o São João e no último dia 21.
Um dos equipamentos culturais mais importantes para preservar a história e a cultura das baianas de acarajé, o Memorial das Baianas tem sido alvo frequente de vandalismo e furto desde 2009, quando foi inaugurado.
Rita Santos, presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam), relatou os furtos e vandalismos que o equipamento cultural tem sofrido.
“Logo depois do São João, roubaram um toldo e danificaram o outro. Não conseguiram tirar. Passou uma semana, levaram o condutor do ar condicionado que ainda nem foi usado. Entre 20 e 21 de julho, levaram a placa que o prefeito entregou no dia da reinauguração. E, na madrugada de quinta, levaram os dois toldos de proteção da fachada”, detalhou a gestora.
A presidente conta que nem as plantas escapam. “Até as plantas estão arrancando com a raiz. Encontramos só os buracos aqui, do espaço onde estavam. Acredito que arranquem para vender também, como as outras coisas”. Felizmente, o acervo e o interior do Memorial não foram afetados.
“O que acontece é o seguinte: o policial chega aqui e fala ‘oh, dona Rita não podemos fazer nada. Aqui não tem câmera. A senhora precisa comprar uma e colocar’ Eu vou comprar câmera com que dinheiro? Eu recebo aqui R$ 12 da mensalidade que as baianas pagam. Eu não tenho condições de ter aqui câmeras de alta resolução, principalmente para enxergar à noite”, afirma Rita, indignada, sobre as infrutíferas tentativas de queixa.
A poucos dias de sediar a 5ª edição do Festival de Acarajé, a sensação de insegurança no Memorial é evidente. Rita afirma que, numa tentativa de garantir a preservação e a segurança, comprou correntes e cadeados para proteger as entradas do espaço.
*Sob a supervisão da editor Meire Oliveira
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