CONFUSÃO
Motoboy relata ameaça de segurança de hamburgueria na Barra; vídeo
Entregador de aplicativo chega a mostrar faca que teria sido usada por segurança do estabelecimento
Um entregador de aplicativo disse que foi ameaçado por um segurança da hamburgueria Red Burger, localizada na Barra, em caso registrado na noite de terça-feira, 4, em Salvador. O momento chegou a ser gravado em vídeo.
A discussão teria começado após o motoboy ter entrado pela frente do estabelecimento, mesmo após ter sido informado pelo segurança de que a entrada para os profissionais do aplicativo seria por uma porta lateral.
"Aí, família, na Red Burger da Barra. O entregador não pode entrar mais não", disse o motoboy, em vídeo divulgado nas redes sociais. Ao questionar o motivo da proibição, o homem escutou do funcionário da hamburgueria que era para "pegar [a entrega] e ir embora [sem entrar no estabelecimento].
Em determinado momento, um grupo de entregadores foi para a frente da loja cobrar explicação do segurança. Nesse momento, teriam tomado uma faca que estava na cintura do mesmo. A faca foi mostrada em imagens feitas pelo mesmo.
O segurança disse que usa a faca para a sua proteção. "A ordem foi passada pelos responsáveis da empresa, por causa de problemas com entregadores. Tem numeração de pedido que o entregador não pode tá vendo, pois alguns ficam com o pedido para ele e o cliente pode não consegue notar. Não é permitido retirar o pedido dentro da casa. E chegaram mais de 30 entregadores, pegaram a faca que uso na cintura para me proteger. Eu mesmo acionei a Polícia Militar, quando aconteceu o caso ontem. E falei que a faca era minha", disse o segurança em entrevista para a Record TV.
Repercussão
Em nota, o Grupo Red disse que o segurança faz parte de uma empresa terceirizada e que já teria sido afastado,. Além disso, uma apuração interna é feita. E que nenhum entregador é proibido de entrar nos estabelecimentos da rede. Veja na íntegra:
"O Grupo RED, à frente das hamburguerias Red Burger, não compactua com a postura de segurança terceirizado, que, na noite desta terça-feira, 4, impediu o acesso de um entregador à loja da Barra.
A situação que levou até o impedimento ainda está sendo averiguada internamente, mas, de antemão, a empresa assume a responsabilidade por decisões da equipe, mesmo que terceirizada, e tomará as medidas cabíveis não só para evitar que a situação se repita, mas para melhor entender o caso.
O acesso às lojas da rede, seja por entregadores ou qualquer passante, clientes ou não, até mesmo para uso dos sanitários, nunca foi proibida - e esta nunca foi uma determinação da empresa.
A fim de garantir o melhor fluxo nas lojas, disponibilizamos sempre um funcionário por turno para levar o pedido até o entregador, mas o acesso nunca é negado.
Lamentamos o ocorrido e reiteramos que a situação será investigada a fundo, a fim de se compreender o que aconteceu realmente e o que motivou a atitude. O colaborador terceirizado acusado do destrato já foi afastado da função e não representa a conduta da empresa".
O Portal A TARDE fez contato com a Polícia Militar da Bahia sobre o caso. Por nota, a PM informou que "Na noite de terça-feira, 4, policiais militares da 11ª CIPM, em rondas pela Av. Oceânica, na Barra, visualizaram um princípio de desentendimento próximo à entrada de uma lanchonete, que estava fechada na ocasião. A guarnição interveio e manteve contato com os envolvidos, não sendo informadas quaisquer anormalidades. Após intermediar as tratativas entre as partes, a situação foi resolvida no local".
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