TRANSALVADOR
Mulheres morrem 78,5% menos que homens no trânsito de Salvador
Estudo da Transalvador aponta que em 2023, 20 mulheres perderam vidas, enquanto o de homens mortos foi de 93
Por Da Redação
No trânsito de Salvador, mulheres morrem 78,5% menos que homens, segundo aponta estudo conduzido pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), em parceria com a Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global (BIGRS).
Em 2023, 20 mulheres perderam suas vidas em sinistros de trânsito, enquanto o número de homens mortos chegou a 93, representando 82% do total. Essa disparidade também se estende ao total de vítimas feridas, onde as mulheres representam 26% dos feridos, em comparação com os 74,0% dos homens.
Do total de vítimas fatais, 35% das mulheres estavam na garupa de motociclistas. Enquanto 76% das vítimas feridas eram pedestres ou passageiras de veículos. Além disso, foi observada uma taxa de mortalidade mais elevada entre mulheres na faixa etária acima dos 60 anos.
Segundo a Transalvador, a disparidade na quantidade de vítimas do sexo masculino pode ser influenciada pela proporção entre homens e mulheres que são condutores em Salvador. Dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), de 2023, indicam que na Bahia existem 2.388.280 homens habilitados, em comparação com 933.890 mulheres habilitadas, totalizando 3.322.170 condutores.
Além disso, os estudos lançam luz sobre a disparidade de gênero no trânsito, pela exposição ao risco, com homens realizando mais viagens de carro e moto do que mulheres, e muitas vezes dirigindo em condições de maior periculosidade.
Nos últimos 10 anos, a Transalvador adotou diversas medidas para combater os sinistros de trânsito em Salvador, incluindo análises estatísticas, fiscalização intensiva e campanhas educativas e de comunicação. Em 2012, as mortes por sinistros de trânsito ocupavam o 7º lugar entre as principais causas de óbitos na cidade. Após uma década de esforços conjuntos entre autoridades municipais, estaduais e federais, o índice caiu para a 32ª posição no ranking de mortalidade, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde.
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