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SALVADOR

Mulheres viram a esperança no combate à violência

Por Eder Luis Santana, do A TARDE ON LINE

07/08/2008 - 18:02 h

Mulheres que atuem como lideranças comunitárias serão utilizadas no combate ao crime em Salvador e outros três municípios da região metropolitana, Simões Filho, Lauro de Freitas e Camaçari. A iniciativa faz parte do programa “Mulheres da Paz”, financiado com recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça. O objetivo é capacitar 700 cidadãs para que estejam prontas para se aproximar dos jovens em situação de risco social e encaminhá-los a programas que os afastem da criminalidade.



O anúncio do projeto foi feito nesta quarta-feira, 7, pelo Secretario Executivo do Pronasci, Ronaldo Teixeira, que esteve em Salvador para representar o ministro da justiça Tarso Genro em um seminário sobre segurança pública e os meios de conter a violência. A previsão inicial é de que sejam 400 mulheres capacitadas em Salvador e 100 em cada uma das demais cidades.



“Cada uma delas irá receber R$ 190 mensal de ajuda financeira. E os jovens atendidos vão receber uma bolsa de R$ 100 como incentivo para se afastar do crime e aderir aos cursos de cidadania e atendimento psicossocial”, comentou Teixeira. Os contratos serão feitos com duração de dois anos, sendo possível prorrogar o prazo por mais dois anos.



CAPITAL – Na Bahia, o Mulheres da Paz será organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes). Estima-se que até novembro as mulheres estejam selecionadas e treinadas para iniciar os trabalhos. De acordo com a coordenadora executiva do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos das Mulheres, Ieda Ribeiro, o governo federal já garantiu o envio de R$ 1.084 milhão para manter o programa.



Na próxima quinta-feira, representantes dos municípios envolvidos se reúnem com integrantes da Sedes e da Secretaria de Segurança Pública para definir os rumos do projeto.



De acordo com o Ministério da Justiça, para participar do programa as mulheres devem “pertencer a redes sociais (ONGs, entidades sociais, culturais ou religiosas e associações comunitárias) que envolvam jovens em situação de vulnerabilidade social”. Além disso, devem ter mais de 18 anos, saber ler e escrever e ter renda familiar de até dois salários mínimos.



Em Salvador, Ieda Ribeiro conta que as mulheres terão de morar em um dos quatro bairros com maiores taxas de homicídio (Tancredo Neves, Subúrbio Ferroviário, Alagados e São Cristóvão) e terão prioridade aquelas que tenham sido vítimas da violência, com marido ou filhos assassinados. Dentre as atribuições que terão, está o permanente contato com familiares dos jovens em situação de risco e o incentivo de ações na comunidade que sejam direcionadas aos direitos humanos e à cultura da paz.



Apesar de ter definido os pré-requisitos, a seleção das integrantes não será feita pela Sedes. Uma licitação será aberta para definir qual instituição ficará com essa responsabilidade. Poderão se candidatar organizações não-governamentais (ONGs), universidades e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips). Em todo País, o Mulheres da Paz pretende envolver 5.300 mulheres, com investimento total de R$ 18,444 milhões até 2012.

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