SALVADOR
Operário terceirizado da Petrobras morre após cair de torre no Polo
Por Clarissa Pacheco | A Tarde On Line
Um operário terceirizado da MSC, empresa ligada à Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, na Bahia (Fafen-Ba) que integra o grupo Petrobras - morreu na manhã desta quarta-feira, 6. Ednaldo Barros da Silva, de 28 anos, caiu da torre de granulação do Polo Petroquímico de Camaçari, de uma altura de aproximadamente 50 metros.
De acordo com funcionários da fábrica, o acidente aconteceu por volta das 9h30, mas, até às 11h30, o corpo do rapaz ainda não havia sido removido do local. Conforme nota oficial divulgada pela Petrobras, o funcionário realizava um trabalho de apoio à desmontagem de tubulações, com utilização de técnica de alpinismo industrial, quando caiu, morrendo no local.
O dono da empresa MSC, Luciano Carvalho, informou que lamenta o ocorrido e que a empresa está prestando toda a assistência à família do rapaz. "Nossa assistente social já foi encaminhada junto com o pessoal da Petrobras. Agora estamos aguardando a chegada da perícia técnica para saber como aconteceu o acidente. Ainda não sabemos porque a área foi isolada e ninguém tem acesso ao local", explicou.
O diretor do Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, Christian Alexandre Pereira, participou de uma reunião na sede da empresa, no final da manhã desta quarta, 6, para averiguar as circunstâncias do acidente. "Ainda não temos informações sobre os motivos do acidente, mais durante a reunião foi formada uma comissão de investigação, que o sindicato também fará parte.", afirmou.
Também através de nota oficial, a Petrobras informou que foi criada uma comissão para análise das causas do acidente e que está prestando toda a assistência aos familiares.
Mortes no trabalho Com o acidente desta quarta, já são três mortes por acidente de trabalho dentro do Polo Petroquímico de Camaçari, a contar de dezembro de 2010. No dia 28 de dezembro do ano passado, um homem identificado como Amarildo, terceirizado da Braskem, morreu após o rompimento de uma linha de vapor de alta pressão em uma das caldeiras da fábrica. Ele foi atingido por temperatura de mais de 500º C.
No dia 19 de janeiro, Manoel Lima Barbosa, funcionário da Acrinor, morreu depois de inalar um produto químico contendo acetona cianídrica (mistura de ácido cianídrico e acetona).
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