SALVADOR
Prefeitura apoia a remoção e transporte de entulho na cidade
Por Karina Costa l A TARDE
A retirada, manejo e deposição do entulho é responsabilidade de quem o gera, conforme prevê a Lei Municipal 12.133/98, que sustenta a Gestão Diferenciada de Entulho da Cidade de Salvador. Por isso, quem precisa remover, despejar e reutilizar o material tem de arcar com as despesas deste tipo de serviço.
Apesar da obrigação ser do proprietário, a Prefeitura de Salvador dispõe de transporte e espaço para o depósito do material produzido por pequenos geradores de entulho o limite, para isso, é de 2 m³. Dentro desse volume, o cidadão pode acionar o serviço de remoção da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb) pelo telefone 3186-5000.
Segundo a Limpurb, 1,9 mil toneladas de entulho são levadas, diariamente, para o Aterro de Canabrava. Ana Vieira, assessora de Planejamento do órgão, informa que, além de Canabrava, o entulho pode ser depositado em outros dois pontos na cidade: na Rua Wanderley de Pinho, no Itaigara, e na Rua do Curralinho, na Boca do Rio.
No caso de volume superior a 2 m³, João Fortuna, gerente de operações da Revita Engenharia (empresa privada que faz a gestão de resíduos sólidos), explica que a empresa faz o depósito do material ao custo de R$ 10 por tonelada, mas não realiza o transporte dos resíduos.
Ainda de acordo com Fortuna, o reuso de entulho pode ser um método não só econômico, mas também eficaz para construção. Isso porque esse material pode ser usado na construção do piso, por exemplo. Só não é recomendável seu uso na construção da estrutura do imóvel, como em vigas, pontua ele, acrescentando que o aterro da Revisa recebe, por dia, 300 toneladas de entulho.
Fonte Nova - A implosão da Fonte Nova gerou 50 mil toneladas de escombro. Para aproveitar este material, o Consórcio Arena Salvador 2014, responsável pela construção do novo estádio, divulgou que o entulho será reciclado, como vem sendo feito.
A iniciativa é inédita em Salvador, uma vez que não existe a reciclagem deste tipo de resíduo na cidade. Para se ter uma ideia, segundo o consórcio, das 50 mil toneladas de entulho produzido, 100% serão reaproveitados no processo de construção da Arena Fonte Nova ou em obras públicas da Grande Salvador.
Lydiane Leal, coordenadora do curso de engenharia ambiental da Universidade Salvador, acrescenta que a medida ameniza a extração do recurso natural e reduz o despejo de substâncias nocivas no meio ambiente.
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