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SALVADOR

Presidente do Filhos de Gandhy questiona patrocínio via edital para blocos afro

Por Shagaly Ferreira*

07/02/2020 - 9:56 h | Atualizada em 07/02/2020 - 10:23
Presidente apontou pouco interesse da iniciativa privada nos blocos | Foto: Shirley Stolze
Presidente apontou pouco interesse da iniciativa privada nos blocos | Foto: Shirley Stolze -

À frente da agremiação desde 2017, o presidente do Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsoney de Oliveira, defendeu que a participação de blocos de grande notoriedade no Carnaval, como os blocos afro, seja por meio de contratação e não via proposta em editais públicos. Em entrevista ao programa ‘Isso é Bahia’, da Rádio A TARDE FM, na manhã desta sexta-feira, 7, o gestor citou como exemplo a recente desaprovação de blocos tradicionais no edital Ouro Negro, da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

“Temos que fazer uma provocação ao Governo, porque Filhos de Gandhy, Ilê Ayê, blocos que têm mais de 20 anos não devem participar de edital. Deve ser por contratação, por notoriedade. Ivete, Bell, Léo Santana, eles não passam por uma questão licitatória. Eles são contratados por empresas, por produtoras. Eu acho que nós temos que ser também contratados. O Ilê Ayê, o Malê e o Olodum ficaram fora do Ouro Negro. Não conseguiram passar. Não quero desmerecer jamais Armandinho, Dodô e Osmar, mas eles vão passar e esses blocos vão continuar”, declarou.

Em relação ao patrocínio através da iniciativa privada, Oliveira pontua que há uma distinção entre o tratamento que é dado aos blocos afro e aos camarotes. “Com certeza, o tratamento é muito diferente. O Filhos de Gandhy sai em horário nobre, mas os blocos afro, que deram fundamento a tudo isso, não são considerados. Hoje, todo patrocínio na parte privada se volta para camarotes. Eu quero ver, se os blocos pararem, o que é que vai acontecer. O pessoal que sai nos blocos afro consome a cerveja, usam a telefonia, e não tem nenhum reconhecimento dessa parte privada”.

Para reduzir os gastos com as despesas do afoxé, que, segundo o gestor, somam R$ 200 mil só de impostos, há uma proposta em curso de diminuição dos dias de desfile do bloco nas ruas. Atualmente, o 'tapete branco' sai em cortejo durante três dias e pode passar a sair em apenas dois. As vendas do kit da fantasia com 13 itens, que custa R$ 700, não chegou a totalidade. “A expectativa é de 4 a 5 mil integrantes para esse Carnaval, mas a meta ainda não foi atingida”, contou.

Contra assédio

Sobre a polêmica relação atribuída aos Filhos de Gandhy com a cultura da entrega de um colar em troca de um beijo, o presidente apontou que tal prática não é incentivada pelo afoxé. Para coibir a ação (inclusive o uso dos colares de cor rosa), há uma fiscalização dentro do bloco, evidenciando que a representatividade do colar está associada às cores de Oxalá e de Ogum e não à prática do assédio.

“A mulher tem que ser conquistada, não assediada. Não existe essa cultura de colar por beijo. Não existe essa questão do colar rosa. Aquele colar azul e branco tem uma representatividade. O Gandhy é um bloco de conceito. E quero agradecer a todos os associados que todo ano vem colaborando com esse entendimento e aderindo a essa campanha” pontuou.

Após o uso do dourado no desfile do ano passado, em comemoração aos 70 anos da associação, o afoxé volta ao tradicional azul e branco, em 2020, trazendo o tema: 'Obaluaiê e Omolu: Deuses da doença, deuses da cura'. Durante o Carnaval, o bloco estará desfilando no Campo Grande, no domingo e na terça, estando na Barra, na segunda-feira.

Formado tradicionalmente pelo público masculino, o bloco foi fundado por trabalhadores portuários em Salvador, no ano de 1949, tendo como inspiração o líder indiano Mahatma Gandhi.

*Sob a supervisão do editor Vinícus Ribeiro

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