VÍDEO
Professora detona marca após campanha com mão negra em Salvador
Escultura de mão negra segurando produto de limpeza está instalada na Avenida Oceânica
Por Vinicius Viana | Portal Massa!
Uma escultura de uma mão segurando um produto de limpeza tem causado polêmica e gerado discussões sobre o racismo. Isso ocorreu porque a marca Ypê utilizou uma mão negra na divulgação de um de seus produtos de higiene e limpeza em uma das calçadas da Avenida Oceânica, no bairro da Ondina, em Salvador.
O assunto ganhou repercussão nas redes sociais após a professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e influenciadora digital Bárbara Carine publicar um vídeo no Instagram, afirmando que a campanha reforça estereótipos escravagistas e coloca o negro em papel de subalternidade. "O lápis cor da pele não pode ser da nossa cor... Mas a cor da pele da faxineira tem que ser a nossa, né???", questionou.
Em um dos trechos do vídeo, Bárbara Carine solicitou que a prefeitura de Salvador se posicionasse sobre o caso e largou o doce na empresa de limpeza.
"Prefeitura, dá uma olhada nisso porque está feio, certo? Ypê, pega essa mão e enfia nos quintos dos infernos. Tira isso da nossa cidade e não reforce mais esse estereótipo de pessoas negras serviçais. Nós não nos colocamos nesse lugar, nunca nos colocamos nesse lugar, e agora mais do que nunca não permitimos isso", finalizou revoltada com a campanha.
Ao Portal A TARDE, a Ypê enviou o seguinte comunicado sobre o caso: "A peça Mãozinha, exposta em Salvador/BA, remete ao icônico personagem norte-americano Mãozinha, da "A Família Addams", baseado no filme dos anos 90. O personagem protagoniza uma campanha lançada em outubro na qual o Mãozinha limpa a casa da “Família Addams”. A ativação itinerante faz parte da ação de comunicação que contemplava além da escultura do personagem, totem eletrônico com pôster da campanha e ambientação em abrigo de ônibus. A exposição também passou por São Paulo e Campinas e já foi encerrada".
Veja o vídeo
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