SOCIAL
Projeto destina bolsas de estudos para concurseiros de baixa renda
Apostilas e cursos preparatórios costumam ter um preço elevado; conheça alternativa
Por Amanda Souza
Quem escolheu se dedicar à vida de estudar para concurso público sabe que não é fácil. Além da rotina exaustiva de estudos, há ainda uma questão que alguns até desconhecem: os custos financeiros dessa empreitada.
Apostilas e cursos preparatórios costumam ter um preço elevado, de forma que muitas pessoas não podem pagar. Pensando nisso, a contadora Rosi Alves, idealizadora do podcast “PodConcurseiro” se mobilizou para dar bolsas de estudos para quem precisa.
Essa iniciativa é o reflexo de alguém que se dedicou nesse cenário durante 11 anos. Hoje Rosi é nomeada Auditora Federal de Finanças e Controle na Controladoria Geral da União (CGU) e compartilha o que aprendeu por meio do podcast.
Foi nessa história de podcast que ela teve a ideia de intermediar a relação entre quem quer estudar e quem pode bancar. “O requisito é ser beneficiário do Bolsa Família e querer estudar”, diz. “As pessoas se cadastram e eu busco empresas e outros concurseiros que queiram custear esses estudos”.
Nessa história, nove pessoas conseguiram bolsas na primeira edição. Indo para a segunda, ela espera conseguir o mesmo sucesso para ajudar o maior número de pessoas.
“O cenário de concursos hoje é favorável pelas oportunidades, mas os meios de se preparar, não. Aí é que entra a maior dificuldade dos concurseiros de baixa renda, ter acesso ao estudo”, destaca. “Então não é só doar a bolsa, eu acompanho eles, vou apresentar uma psicóloga, educação financeira”, concluiu Rosi.
Jaiane Conceição tem 28 anos, moradora de Cajazeiras, Salvador. Ela foi uma das novas pessoas agraciadas com a bolsa na primeira edição do projeto. Sem condições financeiras para investir nos estudos, ela se dedica para ser aprovada no certame da PMBA (que ainda não tem edital aberto). “Eu não tenho emprego, sou beneficiária do Bolsa Família. Nem todo mundo tem condições de arcar com o investimento em concursos. Eu não tinha condições de adquirir o material, estudava pelo YouTube“.
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