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20/05/2024 às 5:00 - há XX semanas | Autor: Jane Fernandes

SALVADOR

Reajuste reforça insatisfações dos usuários do ferryboat

Sujeira, atrasos, lentidão na travessia e longas filas nos dias de pico são as principais queixas

Imagem ilustrativa da imagem Reajuste reforça insatisfações dos usuários do ferryboat
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A divulgação do reajuste das tarifas do sistema ferryboat, em vigor desde o dia 10 deste mês, aumentou a insatisfação dos usuários com o transporte operado pela Internacional Travessias Salvador (ITS), que passou a pesar mais no bolso sem oferecer melhorias no serviço. Atraso nas saídas, sujeira nas embarcações, demora na travessia e as filas enormes em feriados são as principais queixas dos passageiros habituais, sejam pedestres ou condutores.

Para o motorista de aplicativo Rubens Guimarães Filho, 58 anos, participa de um grupo de WhatsApp para trocar informações sobre a travessia da Baía de Todos-os-Santos, uma tentativa de localizar os melhores momentos e meios para embarcar. “É para trazer o movimento, saber como está a fila, como está a demanda, daqui e da lancha também. E é muita reclamação desse ferryboat”.

Rubens conversou com A Tarde enquanto aguardava o momento de passar na cancela e pagar o embarque do seu veículo, na última quarta-feira. Sempre que possível, o motorista opta por fazer a travessia como pedestre (pela lancha), mas naquele dia era necessário estar com seu Fiat Cronos, classificado como “auto grande”, com tarifa de R$ 76,40 entre segunda e sexta, passando para R$ 108,00 nos finais de semana e feriados.

“É muita sujeira, é uma demora, bota para sair 9h sai 9h30, 9h20, quando tem”, lamenta, falando ter colegas que já pegaram fila de muitas horas, o que ele se recusa a fazer. Na quarta-feira (15), o ferry das 9h, no qual embarcou, não atrasou.

Apesar da opção de comprar hora marcada, a tarifa elevada afasta boa parte da população. No caso de Rubens, o preço passaria de R$ 76,40 para R$ 99,30, um acréscimo de 30%, percentual aplicado a toda a tabela para a compra com hora marcada, serviço disponibilizado apenas para veículos.

“O atendimento é péssimo, tem vezes de passar meia hora numa fila para pagar e o ferryboat é sujo, não tem limpeza, o banheiro é sujo”, reclama Jaida Machado Soares, 46, moradora de Salinas da Margarida e usuária habitual do sistema, como pedestre. Ela acrescenta a demora para completar a travessia, chegando a 1 hora e 20 minutos quando a viagem é feita por embarcações mais antigas.

Os problemas de limpeza são os primeiros destacados pelo aposentado Josimar Nascimento Batista, 63, usuário na categoria pedestre, que costuma fazer a travessia uma a duas vezes por mês, sempre acompanhado da esposa, para descansar uns dias em Mar Grande. De tão habituado a viagens extensas, ele destaca “tem uns que dá uma hora certinha”, provavelmente referindo-se às embarcações que começaram a operar na década passada.

Explicações

A Internacional Travessias Salvador afirmou, em nota, que as equipes de limpeza atuam nos ferries e nos dois terminais, sem interrupções, para “garantir a limpeza e higienização de todos os ambientes que contam com presença de passageiros”. A empresa ressalta que, neste ano, o serviço de limpeza passou a acontecer também durante as viagens e o trabalho é intensificado nos feriados e operações especiais.

Sobre as embarcações, a ITS informou que “realiza de forma constante manutenções corretivas e preventivas, além das docagens, uma reforma mais ampla dos barcos. Esse trabalho consiste na correção do sistema elétrico, hidráulico, climatização, motores, cobertura, casco e pintura”.

Conforme a nota, os ferries Dorival Caymmi, Ivete Sangalo, Anna Nery, Maria Bethânia e Pinheiro foram reformados nos últimos dois anos, a do Rio Paraguaçu está em andamento e a do Zumbi dos Palmares começará até julho. Além disso, a equipe de manutenção foi ampliada, com a contratação de 20 profissionais do setor para trabalhar no período noturno, permitindo plantão 24 horas.

“A ITS pontua que vem trabalhando incansavelmente para manter as condições de operacionalidade de suas embarcações, assim como dos terminais hidroviários, para prestação de serviço público de forma eficaz, contínua e eficiente, com vista a entregar o melhor para os seus usuários”, completa.

Responsável pela regulação do serviço de transporte hidroviário de passageiros e veículos entre os Terminais Hidroviários de São Joaquim e Bom Despacho. A Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia) enfatiza que o reajuste anual das tarifas está previsto no contrato de concessão e o percentual é calculado com base no preço do diesel e do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Quando a nova tabela foi divulgada houve grande repercussão por conta da tarifa para a travessia de bicicletas, mas a Agerba garantiu ter havido um erro e divulgou os valores corretos logo depois. O preço para bikes passou de R$ 9,60 para R$ 9,80, enquanto pedestres pagavam R$ 6,50 e agora pagam R$ 6,60. O reajuste em toda a tabela foi de 2,19%.

“A ITS pontua que vem trabalhando incansavelmente para manter as condições de operacionalidade de suas embarcações, assim como dos terminais hidroviários, para prestação de serviço público de forma eficaz, contínua e eficiente, com vista a entregar o melhor para os seus usuários”.

Os ferries Dorival Caymmi, Ivete Sangalo, Anna Nery, Maria Bethânia e Pinheiro foram reformados nos últimos dois anos, a do Rio Paraguaçu está em andamento e a do Zumbi dos Palmares começará até julho.

Trabalho de sondagem para a ponte segue até o final do ano

O sistema ferryboat deixará de ser a única alternativa para atravessar a Baía de Todos-os-Santos de carro quando a ponte Salvador-Itaparica for concluída, o que está previsto para 2028. Embora ainda vá levar um tempo para que a estrutura desta ligação rodoviária surja no horizonte, o trabalho para sua construção já foi iniciado, com a realização de sondagem em terra em Salvador e em Vera Cruz, informa a Concessão Sistema Rodoviário Salvador-Ilha de Itaparica, em nota.

A próxima etapa começará nos próximos dias, segundo a concessionária, e consiste na sondagem em águas rasas, até 10 metros de profundidade. Esta fase de levantamento das condições marítimas segue até o final do ano, com avanço para águas profundas. A mobilização do canteiro de obras deve ocorrer no início do próximo ano.

Com 12,4 quilômetros sobre o mar, a ponte deve ser a maior desse tipo em toda a América Latina. Para o empreendedor Daniel Fontes, 41 anos, a ponte será a solução para facilitar os deslocamentos de todos que se dividem entre Itaparica e cidades vizinhas. “Nem tinha mais esperança, mas agora voltei a acreditar”, revela, torcendo para a ponte valorizar sua casa na ilha.

Ambiente

Os impactos ambientais relacionados à construção da ponte estão na pauta do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que, segundo nota, mantém articulação com a Seinfra (Secretaria de Infraestrutura), o Ministério Público e a Concessionária “para compartilhar e avançar nas ações que envolvem a pauta do licenciamento de instalação”.

“Nesse sentido, foi dada continuidade às tratativas para verificar o andamento do atendimento às condicionantes da licença prévia da ponte, do escopo dos projetos socioambientais que serão implementados no contexto do referido licenciamento e do recurso referente à compensação pela instalação da ponte, tendo em vista que esses pontos também objetivam o desenvolvimento econômico e socioambiental da Baía de Todos-os-Santos”.

A apresentação de local alternativo para a praça do pedágio, buscando o afastamento do manguezal; a apresentação de estudo de diagnóstico da fauna e coleta de dados primários dentro da Área Diretamente Afetada; e garantir que as comunidades tradicionais da ilha de Itaparica tenham acesso aos pontos de mariscagem e pesca, à praia e aos deslocamentos internos, são algumas das condicionantes destacadas pela assessoria de comunicação do Inema.

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