SALVADOR
RMS eleva IDH, mas desigualdade permanece
Por Paula Janay Alves
O índice de desenvolvimento humano (IDH) da Região Metropolitana de Salvador (RMS) passou de médio para alto em uma década, saindo de 0,636, em 2000, para 0,743, em 2010, um crescimento de 16,82%.
Apesar dos avanços, as disparidades entre bairros e cidades da região metropolitana ainda são altas. Enquanto nos bairros de Candeal e Cidade Jardim o índice é de 0,959, considerado muito alto, o de Nova Constituinte, no subúrbio ferroviário de Salvador, é de 0,578, considerado baixo.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é composto por três dos principais indicadores de desenvolvimento: longevidade da população, acesso a educação e nível de renda. O índice vai de 0 a 1. Quanto mais próximo de um, melhor o desenvolvimento.
A Região Metropolitana de Salvador segue a tendência de aumento das demais 16 regiões metropolitanas do país e está 11ª posição do ranking, a mesma de 2000. Em 2010, todas as regiões metropolitanas do Brasil cresceram e passaram a categoria de índice de desenvolvimento alto.
Única região metropolitana do país com índice de desenvolvimento considerado alto desde 2000, São Paulo registrou o maior índice entre as regiões metropolitanas também em 2010, de 0,714.
Divulgados ontem, os dados fazem parte do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, elaborado pelo Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pela Fundação João Pinheiro.
Nordeste
Entre os estados do Nordeste, a Região Metropolitana de Salvador está atrás apenas da Grande São Luís, no Maranhão, que permanece na 10ª posição do ranking, com IDHM de 0,755.
A dimensão que mais contribuiu para o aumento do índice de desenvolvimento foi a longevidade, seguido do aumento de renda e educação. Em uma década, a expectativa de vida ao nascer passou de 69,58 anos para 74,45 anos na Região Metropolitana de Salvador.
Renda
Acrescido ao aumento da longevidade, a renda per capita média cresceu 42,22%, passando de R$ 614,59, em 2000, para R$ 874,07, em 2010. A Região Metropolitana de São Paulo tem renda per capita de R$ 1.249,72.
Já a proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar por membro da família inferior a R$ 140 caiu pela metade: passou de 27,61%, em 2000, para 13,19%, em 2010.
Já o nível educacional da população da RMS também evoluiu. Em 2000, o percentual de pessoas com 18 anos ou mais frequentando a escola passou de 52,20% para 66,77%. A participação de crianças de 11 a 13 anos cursando o ensino fundamental teve maior crescimento, de 56,63% para 81,88%.
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