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SALVADOR

Salvador registra quase 20 afogamentos no feriado; saiba como evitar

Houve uma queda no número de ocorrências na Salvamar no primeiro semestre de 2023

Por Priscila Dórea

15/10/2023 - 11:03 h | Atualizada em 16/10/2023 , 12:03
Graer faz alerta para banhistas
Graer faz alerta para banhistas -

Em meio a uma primavera quase tão quente quanto o nosso verão costuma ser, as praias de Salvador - e os 1.400km de litoral baiano como um todo -, já andam bem movimentadas. E junto com toda essa gente, vem a atenção redobrada ao entrar no mar: de acordo com a Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), somente no feriado do último dia 12 (quinta-feira), foram registrados 19 afogamentos e 10 crianças perdidas na capital.

“Toda vez que venho com meus filhos para a praia, sempre tento ficar em lugares com guarda-vidas perto, mas ainda assim não desgrudo o olho quando estão na água”, afirma a merendeira escolar, Sara Santos Borges, que costuma levar os dois filhos para a praia pelo menos três vezes no mês. Se manter atento e próximo das crianças na praia - mesmo que elas estejam na beira! -, é uma das principais formas de prevenir afogamentos, aponta o Tenente Coronel da Polícia Militar da Bahia (PMBA), Wolney Anderson Santos de Almeida, comandante do Grupamento Aéreo da PMBA (Graer), mas não é a única.

É importante também se manter atento às bandeiras de sinalização e ter cuidado com as correntes de retorno - quando a água se acumula na beira da praia depois da quebra e fica uma área com pouca espuma. “Essas correntes podem levar a pessoa para áreas fundas em segundos”, alerta o comandante da Graer. E claro: não se aventure no mar - seja nadando, mergulhando ou praticando canoagem, stand up e afins -, se tiver consumido bebida alcoólica.

“A verdade é que a maioria das pessoas que sofrem afogamentos são as que sabem nadar e resolvem fazer isso depois de beber, ou mesmo porque vão longe demais da beira. São nadadores fatigados que se arriscam no mar revolto e não conseguem voltar para a terra firme”, explica o comandante do Graer. Especializado em missões de alta complexidade - ajudando, principalmente, a PM e o Corpo de Bombeiros em missões complicadas -, o batalhão do Graer chega entre cinco e dez minutos na área onde o afogamento está ocorrendo quando acionada.

“Por isso, outra importante forma de prevenção é as pessoas, todas elas, terem noções básicas de natação. Saber nadar, ainda que possa não te salvar em casos onde o mar está muito revolto e você não consegue voltar para areia, nos dá os minutos essenciais para realizar o resgate”, explica o tenente coronel Wolney Anderson, que ressalta a importância do trabalho realizado em conjunto com a Marinha do Brasil, a Salvamar e o Corpo de Bombeiros.

Um aprendizado que o professor aposentado, Carlos Silva Santana, teve quando criança, passou para os filhos e agora faz questão de ensinar aos netos. “Poder mergulhar na água, seja ela salgada ou doce, é uma dádiva, ainda mais em um lugar quente como Salvador, mas também é algo muito perigoso. A segurança tem que vir antes da diversão e só sabendo como se manter seguro é que vamos nos divertir direito”, argumenta.

Dois homens ficaram à deriva após conseguirem escapar de um afogamento em Itapuã
Dois homens ficaram à deriva após conseguirem escapar de um afogamento em Itapuã | Foto: Shirley Stolze | Ag. A TARDE

Estatística

Ainda que pequena, houve uma queda no número de ocorrências na Salvamar no primeiro semestre de 2023 em comparação com 2022: de janeiro a junho de 2022, 503 ocorrências foram registradas entre as praias de Jardim de Alah e Ipitanga, contra 495 nesse mesmo período em 2023. No entanto, com uma primavera semelhante ao verão - com um sol e um mar muito convidativos -, a configuração do mar ainda está com características do inverno: bastante revolto e perigoso.

“Nossos servidores têm trabalhado de forma plena para poder manter a ordem nas praias e pedindo para que as pessoas procurem tomar banho de mar sempre próximo ao posto salva-vidas, é longe deles que acontecem a maioria dos óbitos. Além disso, as pessoas precisam entender que a bandeira vermelha significa alto risco de afogamento, a amarela é médio risco e a verde de baixo risco. Assim a gente consegue minimizar os riscos de afogamento”, explica o coordenador da Salvamar, Kailani Dantas.

Além de salvaguardar banhistas, a Salvamar realiza diversas ações sociais em escolas municipais, realizando palestras de primeiros socorros para crianças falando sobre prevenção, afogamento, cuidados em ocorrências dentro de casa como engasgo (o que fazer, como proceder). “Essa é uma forma que a Salvamar tem de ensinar e educar esses jovens para que essas questões não aconteçam. Mas precisamos entender que o afogamento é algo muito sério e as pessoas precisam ter um cuidado, cuidar das crianças e se prevenir”, salienta o coordenador.

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