LEPTOSPIROSE
Salvador segue sem registro de morte por leptospirose em 2023
Quatro casos foram confirmados neste ano
Por Da Redação
Salvador não registrou mortes em virtude da leptospirose nos primeiros três meses de 2023, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Entretanto, quatro casos foram confirmados, mantendo-se a média histórica anual. Os dados são resultado da atuação preventiva promovida pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, presente principalmente na urina de roedores, transmitida ao homem.Os sintomas mais frequentes da leptospirose são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais.
A veterinária Cristiane Yuki, chefe do setor de Vigilância e Controle das Zoonoses, destaca que "os casos de leptospirose notificados são investigados para avaliação ambiental e determinação do local provável de contaminação, e a partir disso, acontecem as ações para controle dos reservatórios".
As atividades são orientadas pelo Programa de Controle da Leptospirose, no qual bairros com maior número de casos confirmados recebem atividades de inspeção, orientação e intervenção química, e com a aplicação de raticida quando necessário.
“Nesse sentido, já intensificamos a intervenção química para reduzir a população de ratos nas regiões de maior incidência de Salvador e minimizar os riscos de transmissão da leptospirose. Essa mesma estratégia seguirá em locais que apresentam o perfil mais propício para a infestação de roedores”, disse a veterinária.
Período chuvoso
Diante do período chuvoso, Cristiane Yuki destaca que as possibilidades de transmissão da leptospirose e do número de casos da doença se amplificam. Ela observa que os casos de leptospirose acontecem principalmente em pessoas que reciclam ou entram em contato com materiais para reciclagem, sem equipamentos de proteção individual (EPIs).
Em casos de alagamento, a orientação para os cidadãos é fazer a manutenção do esgoto doméstico, para minimizar os riscos de adoecimento por leptospirose. Além disso, é importante que a população faça a sua parte para garantir a redução da infestação dos roedores na cidade.
“A intervenção química é um paliativo, mas o principal fator que contribui para o aparecimento de ratos é a oferta de alimentos e abrigos. Se a população continuar acumulando entulhos, descartando lixos e alimentos de forma inadequada, outros ratos irão aparecer. Recomendamos que os moradores adotem a prática de dispensar os resíduos somente em horários próximos aos da coleta diária. Hábitos como evitar lixo nas ruas e como acondicionar melhor os resíduos ajudam a reduzir as ocorrências da leptospirose”, conclui Cristiane.
Para denunciar focos de roedores, os cidadãos podem solicitar a visita das equipes do Programa de Controle da Leptospirose, através do Fala Salvador 156 ou site.
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