São Pedro: fogueiras acesas por viúvas mantêm tradição na capital

A noite de segunda-feira, 28, véspera do dia de São Pedro, foi marcada pela queima de fogueiras em bairros da Cidade Baixa e do subúrbio. No bairro de Periperi, dezenas delas foram acesas por famílias de viúvas, mantendo a tradição em homenagem ao santo católico que é considerado protetor dos pescadores e das viúvas.

A viúva Nilza Freitas de Jesus, 75 anos, mais uma vez botou as cadeiras no passeio da sua casa, na Rua Natanael Palma, em Periperi, para apreciar a fogueira. Armada pelo filho Romildo Freitas, 41 anos, a fogueira atraiu também as irmãs de Nilza, Nidalva Freitas e Nilse Freitas, que também é viúva.

Viúva há 35 anos, Nilza conta que fica feliz pelo filho manter a tradição iniciada pelo marido. “Depois que ele se foi, meu filho seguiu o costume”, conta ela. Para fazer a fogueira, Romildo circula pelo bairro catando madeira velha. Neste ano, contou com a ajuda de uma amiga que lhe cedeu um pedaço de tronco de uma árvore velha.

Para Nilza, que é seguidora da religião evangélica, a tradição fala mais forte. “Não vejo nada demais em fazer a fogueira de São Pedro. É uma tradição”. A mesma opinião tem o seu filho, Romildo, que faz questão de ressaltar que, se depender dele, a tradição será mantida.

Missas - Com uma alvorada às 6h30, será aberta a programação do último dia de homenagens a São Pedro, nesta terça, 29, no Centro. A Igreja de São Pedro, na Piedade, terá missas às 7h, 8h, 9h30, 11h e 12h30.

À tarde, haverá uma missa às 15h30, seguida de procissão até o Forte de São Pedro e retorno para a matriz pela Avenida 7 de Setembro. Uma missa solene encerra a festa, às 17h30. A festa, que tem como tema A primazia de Pedro, começou no dia 26 de junho.

Espadas - Praticantes da guerra de espadas assustaram os funcionários do Centro de Saúde Adroaldo Albergaria, em Periperi, na segunda. Ignorando o perigo de causar explosão dos botijões de oxigênio, as espadas eram lançadas em frente ao centro.

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