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Secretário condena pneus de ônibus furados durante protestos

Fabrizzio Muller diz que envolvidos em atos deverão responder judicialmente

Publicado terça-feira, 15 de fevereiro de 2022 às 14:28 h | Atualizado em 15/02/2022, 15:57 | Autor: Da Redação
De acordo com o secretário, a ação está sendo avaliada pelo setor jurídico da pasta, que deverá representar criminalmente os responsáveis por dano ao patrimônio público
De acordo com o secretário, a ação está sendo avaliada pelo setor jurídico da pasta, que deverá representar criminalmente os responsáveis por dano ao patrimônio público -

Após os protestos realizados durante a tarde e a noite de ontem por rodoviários dispensados da antiga CSN (Concessionária Salvador Norte), o secretário de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, falou sobre o assunto e classificou como "inaceitáveis" os episódios em que ônibus do transporte coletivo tiveram os pneus furados. Segundo a prefeitura, 42 ônibus foram danificados. 

“Inaceitáveis as atitudes que assistimos ontem. Prejudicaram milhares de pessoas no retorno para a casa, sobretudo no protesto que houve à noite com depredação de ônibus. Foram mais de 40 ônibus que tiveram pneus furados, além do furto das chaves. Isso dificultou muito a retomada desses veículos”, afirmou na manhã desta terça-feira, 15, em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia.

Os trabalhadores organizaram o protesto em dois locais diferentes ao longo do dia: no Largo do Campo Grande e na Estação Mussurunga. Eles cobravam o pagamento de indenização e direitos trabalhistas, pendentes desde a saída da CSN do sistema, ocorrida em setembro do ano passado. 

 De acordo com o secretário, a ação está sendo avaliada pelo setor jurídico da pasta, que deverá representar criminalmente os responsáveis por dano ao patrimônio público. Ele ainda disse que a prefeitura fez o que era de sua responsabilidade sobre o pagamento dos ex-funcionários da concessionária.

“Não há pendência por parte da prefeitura. Ela participou do acordo que foi assinado ano passado com a empresa na Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Sindicato dos Rodoviários. Foi depositado judicialmente. Esse dinheiro já foi usado para pagar parte da rescisão. Essa era a parte da prefeitura e foi integralmente cumprida”, continuou.  Muller disse ainda que os terrenos dados como garantia pela CSN ao município para o pagamento das dívidas trabalhistas precisam ser vendidos, e que a prefeitura não é responsável pela concretização da venda dos locais.

Ainda segundo o secretário, um cadastro de reserva foi aberto para funcionários demitidos que não foram absorvidos de imediato pelas demais concessionárias e, à medida que for necessário fazer novas contratações, somente pessoas dessa lista têm sido contratadas.

O contrato entre o CSN e a prefeitura de Salvador foi rescindido em 27 de março de 2021. À época, o prefeito Bruno Reis disse que a decisão foi tomada após o relatório de auditoria feito durante a intervenção apontar diversas irregularidades na gestão do contrato por parte da empresa. 

Desde então, parte dos rodoviários dispensados pela companhia foram admitidos pela gestão temporária do município, que durou até setembro, e logo em seguida pelos outros dois consórcios que operam o transporte público na capital baiana. No entanto, outros trabalhadores foram dispensados e disseram que nem todos receberam as verbas de rescisão, o que tem causado os protestos até hoje. 

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