DIZEM RODOVIÁRIOS
Sem acordo, Salvador pode ficar sem ônibus na próxima semana
Estado de greve está aprovado pela categoria desde a última quinta-feira, 11
Por Daniel Genonadio e Leo Moreira
O diretor do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, declarou à imprensa que se mais uma vez não houver um acordo com os empresários, Salvador não terá ônibus na próxima semana. O estado de greve está aprovado pela categoria desde a última quinta-feira, 11.
"Tem um bode na sala que é a retirada de cobradores e avaliamos que isso é um ponto fora da curva, não queremos nem discutir isso. Acho que a gente tem que discutir a reposição salarial, que é a inflação período mais o ganho real. A gente não vai abrir mão dessa reposição e se os empresários mantiverem essa proposta na mesa de conciliação, até em desrespeito ao ministério do trabalho, Salvador vai ter greve no início da semana que vem", disse Mota.
A última tentativa de mediação, que ocorreu na terça-feira, 16, terminou sem acordo. Em estado de greve desde a última quinta-feira, 11, os trabalhadores lutam para reivindicar o reajuste salarial, entre outras demandas, além de pleitear também que a prefeitura solucione o problema do pagamento das rescisões dos ex-funcionários da antiga CSN.
A nova tentativa de mediação nesta sexta-feira, 19, começou por volta das 11h. Responsável por mediar, a Superintendente Regional do Trabalho, Fátima Freire, ouviu os trabalhadores por cerca de meia hora. Após isso, o representante do patronal, Jorge Castro, foi ouvido. Em seguida, todos se juntaram.
No entanto, após mais de uma hora de reunião, as partes pouco avançaram e a reunião foi suspensa. Os rodoviários, que apresentaram 15 pontos no pleito, disseram que, até então, em apenas dois houve acordo.
"Tiramos metade dos itens e eles dizem que não tem nada para negociar. Entendemos como radicalismo. Os rodoviários pedem reposição salarial, 5% da inflação do período, discutir a retirada da compensação das horas extras", falou Mota.
O diretor do sindicato ainda cobrou o prefeito Bruno Reis (União), que interfira na negociação e evite que a capital baiana fique sem ônibus.
"Quando terminar essa reunião que a gente entende que tudo pode acontecer, inclusive nada, porque os empresários estão dizendo não aqui, mas obviamente o prefeito da cidade tem tinta da caneta. Pode ser que ele chame os empresários, converse e tenha uma proposta. Eu acredito que ele subestima a importância desse setor tão importante da cidade", declarou.
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