TRETA NA CMS
Sessão da Câmara tem polêmica sobre mandatos coletivos
Vereadores discordaram sobre presença de co-vereadora do mandato Pretas por Salvador no plenário
Por João Guerra
Uma nova polêmica sobre o mandato coletivo aconteceu na sessão ordinária realizada na tarde desta segunda-feira, 3, na Câmara de Salvador. Vereadores questionaram a presença da co-vereadora Cleide Coutinho (PSOL) sentada em uma das cadeiras destinadas aos edis.
Tudo começou a partir de uma provocação feita pelo vereador Henrique Carballal (PDT), que pediu que uma de suas assessoras sentasse em uma das cadeiras, já que a co-vereadora não podia estar no plenário e sentada no assento. "Todos os mandatos são coletivos", defendeu o edil.
Diante o impasse, o vereador Isnard Araújo (PL), que presidia a sessão, foi interpelado pelo vereador Átila do Congo (Patriotas) para que convocasse a assistência militar para que tirasse tanto a co-vereadora, quanto a assessora do pedetista.
O vereador Ricardo Almeida (PSC) sugeriu, para que fosse evitado o constrangimento, que a questão do mandato coletivo e da presença de mais de uma pessoa representando um mesmo mandato dentro do plenário fosse discutido em um momento mais oportuno, no colégio de líderes, e não durante a sessão.
Isnard suspendeu então a sessão por dez minutos para que chegasse a um acordo com as lideranças sobre o assunto.
Enquanto isso, Cleide, em sua cadeira, assistia a tudo enquanto chorava.
"Hoje foi uma afronta, porque eu não sou assessora parlamentar, eu estou como co-vereadora da cidade de Salvador, eleita no mandato coletivo Pretas por Salvador e pra gente esse ataque é um grande desafio mas que a gente precisa se posicionar e fazer esses enfrentamentos mudar pra aceitar isso", destaca.
Ela disse que vai aguardar a decisão do Colégio de Líderes e que considerou a situação vivenciada na sessão desta segunda como uma manifestação do racismo e do machismo.
"Hoje foi uma provocação do vereador e a gente vê isso como um ataque mesmo, um comportamento machista, um comportamento racista. Porque foi uma mulher branca que estava ali me afrontando", aponta ela em referência à assessora de Carballal. "A gente repudia esse comportamento e a gente vai esperar o resultado desse Colégio de Líderes", finaliza.
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