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Taxista é morto dentro do carro no bairro de Tancredo Neves

Publicado domingo, 05 de julho de 2015 às 20:42 h | Atualizado em 05/07/2015, 21:38 | Autor: Andrezza Moura
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Quando saiu de casa, por volta das 10h deste domingo, 5, para trabalhar, o taxista Carlos André Castilho dos Santos, de 36 anos, disse à esposa Cecília Silvia Melo, que só iria porque precisava de R$ 150 para completar o valor do aluguel do táxi, no qual trabalhava. Garantiu, no entanto, que voltaria cedo. Mas isso não aconteceu.

André foi encontrado morto dentro do táxi de placa PJB-9285, alvará A-5394, por volta das 15h30, em um campo de barro, na rua Apolinária Maria José Silva, na Estrada das Barreiras - próximo à Curva da Morte.

"Pedi a ele que não fosse, parecia que estava pressentindo. Ainda falei: Oh, meu filho! Não vá, não", relembra, aos prantos, Cecília, o pedido que fez ao marido antes dele sair.

Conforme a delegada Marley Oliveira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime tem característica de execução,  pois ele foi morto com pelo menos 15 tiros de pistola e não teve nenhum pertence roubado.

Segundo uma perita do Departamento de Polícia Técnica (DPT), no corpo do taxista foram encontradas 33 lesões de entrada e saída, e  cápsulas de pistolas de, pelo menos, dois calibres. O taxímetro estava desligado. "Parece que estava esperando alguém", informou a delegada.

Quando foi morto, André estava estacionado no campo, com o carro ligado e o taxímetro desligado. "Parece que estava esperando alguém", analisou a delegada.

Assalto está descartado

Segundo a delegada Marley Oliveira, existe a informação que André chegou ao local acompanhado de uma mulher, que desceu do carro e seguiu por uma das vielas que fica no entorno do campo. "Vamos investigar também essa informação. A princípio, estamos descartando a possibilidade de assalto", reafirma a delegada.

Ninguém no local deu detalhes do ocorrido, nem quem seria a mulher que chegou com o taxista. "Acredito que ele recebeu uma chamada para fazer uma corrida e estava esperando o cliente", avaliou o taxista Reginaldo dos Santos Santana, 43. Ele e André faziam ponto no Salvador Shopping.

Medo ao volante

"Tenho muito medo, trabalho pela necessidade. Só vou porque tenho duas filhas para sustentar", afirma o taxista Fábio Nunes. Ele e outros colegas de profissão de André acompanharam, revoltados, o trabalho da polícia.

André é o terceiro taxista morto em menos de dois meses. Em 9 de junho,  Rodrigo Gonçalves Lopo Dantas, 36, foi encontrado morto e parcialmente queimado ao lado do seu táxi, em Cajazeiras de Abrantes, em Camaçari. Já no dia 24 do mesmo mês, Antônio Carlos Silva Santos, 52, o Carlão, foi morto, na Rua Aloísio Mascarenhas, Stiep, durante uma tentativa de roubo.

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