MARINHA DO BRASIL
Tenente fala sobre representatividade feminina na Banda Sinfônica
Primeiro-Tenente Liana comandará 120 militares músicos em comemoração ao Bicentenário do Dois de Julho
Por Isabela Cardoso
A presença feminina é o destaque na performance da Banda Sinfônica da Marinha do Brasil, com a regência da Primeiro-Tenente Liana Magalhães sob 120 militares músicos, em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. O grupo apresentará clássicos nacionais e internacionais, no sábado, 1º, às 19h, no largo do Farol da Barra.
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Em entrevista ao Portal A TARDE, a Tenente Liana destacou que, como mulher e líder do grupo musical, a oportunidade traz a realização de um sonho.
“É uma grande responsabilidade conduzir músicos de altíssimo nível técnico-profissional, sinto-me honrada pela oportunidade. Afinal, trata-se de uma Banda Sinfônica que é considerada referência no país e também é mundialmente conhecida. Durante anos, fui musicista da Banda Sinfônica, no naipe de saxofones, e agora conduzo 120 músicos. Incluem-se nesse grupo: instrumentistas, componentes do coro e cantores solistas. Isso me traz muita satisfação e, sem dúvidas, é a realização de um sonho”, disse.
Natural do Rio de Janeiro, a trajetória da Tenente começou na música ainda quando era criança, tocando na banda da escola que estudava em Niterói, no Rio de Janeiro. Em paralelo, ingressou no Curso Técnico em Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, depois, fez Bacharelado em Saxofone e Mestrado em Educação Musical, ambos na UFRJ.
“A vontade de entrar para a Marinha surgiu pela música e considerei que seria uma ótima oportunidade de unir a estabilidade de uma carreira militar com a paixão pela música. Ingressei na Marinha como Sargento Músico em 2001 e, durante a trajetória, passei nove anos na Banda Sinfônica do CFN e seis anos no Conjunto Fuzibossa. Em 2017, prestei o concurso interno para o Quadro de Oficiais Auxiliares Fuzileiros Navais, alcançando êxito em todas as etapas”, diz.
“Posteriormente, já como Segundo-Tenente, fui para o 1º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais comandar um Pelotão de Infantaria, tornando-me a primeira mulher a liderar uma fração como essa. Em 2022, ocorreu a minha transferência para a Companhia de Bandas do Batalhão Naval, na qual estreei como a primeira mulher regente da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais”, completa.
Para a Tenente, é importante que a presença feminina esteja em uma posição de liderança. A inclusão de mulheres dentro da Força trouxe cargos diversos, até no mais alto posto da Marinha.
“Na Sinfônica, além de mim, há 22 mulheres nas graduações de sargentos. A Marinha é uma instituição pioneira nesse sentido, sendo a primeira Força a integrar mulheres em sua composição. Hoje, todos os concursos da Marinha oferecem vagas para mulheres e isso me orgulha muito”, conclui.
A Apresentação
A Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais, composta por 120 militares músicos, saíram do Rio de janeiro para realizar uma apresentação musical gratuita e inédita, no dia 1 de julho (sábado), às 19h, no Largo do Farol da Barra. O evento terá duração de 1h30 e faz parte das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia.
O repertório musical é composto por clássicos nacionais e internacionais que fazem do concerto uma apresentação imperdível e inesquecível para os moradores e turistas. Integram o repertório canções como o Hino da Bahia; Aria Cantilena (Bachianas Brasileiras nº 5, de autoria de Heitor Vila-Lobos); Toda Menina Baiana (autoria de Gilberto Gil); Canção Amazônia Azul (de autoria de Durval Lélis); Aquarela do Brasil (de autoria de Ary Barroso); Baianidade Nagô (Evandro Rodrigues); O Mundo é um Moinho (Cartola); Canção Cisne Branco, entre outras.
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