SALVADOR
Usuários reclamam no 1º dia de novo valor da tarifa
Aumento de 11,3 % do valor na tarifa atual causou insatisfação
Por Jade Santana*
Com o aumento do preço da tarifa passagem de ônibus para R$ 4,90 (11,3% do valor da tarifa anterior), a partir de hoje, os soteropolitanos demonstraram insatisfação no primeiro dia de reajuste.
Para o estudante de 22 anos, Gabriel Ribeiro Santana, o aumento impacta diretamente o seu cotidiano. Para frequentar a graduação de medicina na Universidade Federal da Bahia (Ufba), o jovem chega a ter que pegar quatro linhas de ônibus e quatro de metrô durante o dia, cinco vezes na semana, gastando, diariamente, R$ 10.
Com o reajuste, mesmo se utilizar o benefício da Meia Passagem Estudantil, o jovem prevê que terá que desembolsar cerca de R$ 200, por mês, apenas nos deslocamentos para a faculdade. "Dependo do transporte público para ir à faculdade todos os dias. Com certeza esse aumento vai afetar bastante a minha rotina e dificultar um pouco a minha locomoção", afirma.
"Uso sempre o ônibus, para ir para qualquer lugar, e gastar em média R$ 10 por dia, quando não mais, é uma quantia muito elevada para um estudante. É o meio de transporte mais acessível para mim que moro no Jardim das Margaridas", relata o estudante.
Lucas Almeida de Castro, 22 anos, afirma estar indignado com o aumento da tarifa dos ônibus. De acordo com o estudante do curso de Jogos Digitais, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), o preço não condiz com a estrutura oferecida pelo transporte da cidade.
"Não é só um aumento na tarifa do ônibus, mas provavelmente haverá também um aumento na tarifa do metrô, e, mesmo assim, a qualidade do serviço de transporte público da cidade não melhora", diz.
Segundo o estudante, o atual estado dos ônibus da cidade representa um descaso total com a população. “Os carros estão caindo aos pedaços, estão sujos e não oferecem qualquer tipo de segurança para a gente. São R$ 0,50 de diferença que vão causar um grande impacto para o bolso de toda a população que reside em Salvador e Região Metropolitana e que depende do transporte público”, opina.
*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira
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