PATRIMÔNIO
Vendedora lança 'acarajé rosa' e divide opiniões nas redes sociais
Novidade não caiu bem entre as baianas, mas público achou a novidade interessante
Uma baiana criou polêmica nas redes sociais após lançar um acarajé na cor rosa, fazendo alusão ao novo filme da Barbie, que irá estrear nas telas de cinema a partir do dia 20 de julho e tem se tornado uma febre entre os fãs.
Entretanto, a novidade da vendedora de 45 anos, Adriana Ferreira dos Santos, não caiu bem entre outras baianas. Em entrevista ao Bahia Meio Dia, a presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM), Rita Santos, disse que o bolinho na cor rosa não representa as tradições da venda do acarajé.
"É um patrimônio, não só o ofício, mas também o nosso acarajé. Para mim (o acarajé cor de rosa) também não é acarajé, é simplesmente um bolinho de feijão. E ela não pode ser chamada de baiana", criticou Rita Santos.
A presidente da entidade seguiu falando acerca da diferenças entre as baianas de acarajé e aquelas que apenas comercializam o produto. Nas palavras de Rita, Adriana "não valoriza o legado" e o patrimônio do estado.
"Temos dois termos: a baiana de acarajé, de fato e de direito, que são aquelas que preservam a nossa cultura, que valorizam os nossos antepassados, e aquelas meramente vendedoras, que vão vender pelo dinheiro. Essa é uma que está vendendo pelo dinheiro. Ela não valoriza o nosso legado, ela não valoriza o nosso patrimônio", continuou a presidente da ABAM.
Em defesa, Adriana diz que não comercializa o quitute e que não se incomoda com as críticas. "É uma brincadeira pela estreia do filme. Só vamos fazer essa semana. De forma nenhuma isso afeta as tradições. Eu gosto de inovar. Sempre prezo pela qualidade e em como levar meu produto até eles (clientes)", contou a proprietária do Acarajé da Drica.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes