SALVADOR
Vozes da Alegria: Harmonia do Samba
Por Lúcia Silva
Quem é, quem é, quem é? Harmonia! Com uma legião de fãs apaixonados, o grupo que despontou no bairro do São Caetano, em Salvador, lá em 1993, segue com a mesma energia 25 anos depois. Um dos protagonistas do Carnaval da capital, o grupo mantém, desde a sua essência, um pagode dançante e respeitoso, que pode ser curtido por toda a família.
Hoje, a banda desfila com o bloco Meu e Seu, e completa 15 anos de folia no circuito Dodô (Barra-Ondina). Além disso, o grupo desfilou também no Reduto do Samba, na sexta-feira de Carnaval. Sobre a preparação para os dois blocos, que têm a pegada musical um pouco diferente, o cantor Xanddy explica que os repertórios são pensados especialmente para cada público.
"No Reduto é diferente, bem dividido e ligado às nossas duas raízes: o samba de roda do Recôncavo e o partido-alto. Lá, as pessoas não vão ouvir 'Comando', por exemplo. É um bloco diferenciado. Tem desde adolescente até a turma de mais idade. E aí a gente costuma fazer algo brando, sem muito empurra-empurra. É o sambinha mesmo, abanando o chapéu. Eu curto demais, principalmente vendo lá os senhores dando tchauzinho", comentou o cantor.
Amanhã, o Harmonia encerra o Carnaval da banda puxando trio sem cordas, especialmente para o folião pipoca. Desta vez, no circuito Osmar (Campo Grande). "A gente vinha recebendo convite há dois anos para fazer pipoca e isso foi uma das coisas que nos motivou. Foi o fator principal. Dividir um pouquinho, fazer bloco e fazer pipoca. Serão dois dias de pipoca. O nosso Carnaval iniciou sendo pipoca, na quinta-feira, no Campo Grande, e vai terminar sendo pipoca, na terça-feira, também no Campo Grande.
Com um suingue dançante e que fala de amor, o Harmonia traz em sua trajetória grandes sucessos, como as músicas 'Vem, Neném' e 'Daquele Jeito'. Xanddy garante que o sucesso vem de um equilibrio bem calculado, para que tudo seja muito bem feito.
"O Harmonia se destaca por conta desses cuidados. A gente zela pelas coisas. Faz um disco e não economiza se é pra fazer bem feito. Pode ser simples, mas precisa ser altamente criativo, bonito de ver. E que a música seja boa de ouvir. Isso me orgulha muito, e aos meninos também. Fica fácil de não se corromper e sair fazendo loucura, sabe? E recebemos também muitos estímulos das pessoas", ponderou Xanddy.
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