MUNDO ANIMAL
Zoo de Salvador recebe harpia para acasalamento e preservação
Ave de rapina estava no zoológico de Itatiba (SP)
Por Mayara Fernandes*

O zoológico de Salvador recebeu uma harpia, também conhecida como gavião-real, que veio do zoológico de Itatiba, São Paulo. O animal, que chegou à capital baiana na última terça, é um macho e vai contribuir para a reprodução da espécie que está ameaçada de extinção.
O macho da espécie vai passar por um período de adaptação em um local mais isolado antes de interagir com a fêmea, que reside no zoológico de Salvador. A adaptação pode durar meses e é feita em etapas, como explica a bióloga Anna Celly.
“Após uma pesquisa, foi escolhido o melhor par genético para a ave que está aqui, que veio do zoo paulista. Ele está aqui para o manejo reprodutivo da espécie, para acasalar e garantir a continuidade da espécie aqui no zoo. O primeiro passo é colocar o animal em um local isolado para se aclimatar, que é do lado um do outro para que se acostumem um com outro. Existe um risco com essa espécie, pois a fêmea é muito maior que o macho e quando ela não conhece o macho pode não reagir bem, ficar agressiva, podendo até ferir fatalmente o macho”, destacou.
A harpia é o maior rapinante, ou ave de rapina do Brasil, é a mais forte do mundo, vivendo nas florestas tropicais das Américas Central e do Sul. A envergadura pode chegar até 2,5 metros, além de possuir garras potentes e uma cabeça distinta, com crista de penas.
Se alimenta de mamíferos de médio porte e aves. Contudo, este animal tão imponente está correndo risco de extinção devido à caça predatória, desmatamento e outras agressões, sobretudo na região sul da Bahia.
Outra informação a respeito do gavião-real é que precisam de árvores altas, com cerca de 30 metros para fazerem ninhos e geralmente nas linhagens de dois filhotes só um sobrevive e recebe os cuidados por cerca de um ano. Embora imponente, o animal só adquire a plumagem final com aproximadamente cinco anos. As harpias podem ser vistas no zoo de Salvador, que funciona de terça a domingo, das 10h às 16h.
* Sob a supervisão do editor Rafael Tiago Nunes
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