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Correios: Sindicato explica como privatização prejudica a população e anuncia greve nacional

Por Matheus Calmon

05/08/2021 - 20:14 h
Texto foi aprovado na Câmara e segue para o Senado | Fernando Frazão/Agência Brasil
Texto foi aprovado na Câmara e segue para o Senado | Fernando Frazão/Agência Brasil -

A aprovação do texto-base que permite a privatização dos Correios na Câmara dos Deputados, por 286 votos a favor e 173 contra, já era esperada pela categoria. O texto agora segue para o Senado. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos no Estado da Bahia, Josué Canto, os deputados que votaram "sim" cometeram um crime. Em conversa com o portal A TARDE, ele explica que a proposta vai prejudicar a população.

"A gente já esperava que essa votação ocorresse nessa linha. Sinalizava pelas liberações de emendas. Ela deixou livre agora as tarifas de encomendas, deixou bem claro que o preço será elevado onde houver dificuldades, não vai ter tarifas iguais, como os Correios são atualmente. Hoje, tanto faz se for para Salvador ou Amazonas. Quem vai ser prejudicado é a população. Foi um texto criado por empresários, para favorecer empresários", criticou Josué.

>> Privatização dos Correios é aprovada na Câmara

"O próprio Lira [presidente da Câmara] disse que não havia inconstitucionalidade. Como ele julga isso? Ele é ministro?", questiona Josué, que diz que políticos revelaram que houve deputados comprados para votarem favoráveis ao texto.

"Foi muito dinheiro. Os que votaram "sim" não quiseram nem aparecer pois sabem que estavam cometendo um crime à população brasileira. A gente vai tentar reverter no Senado".

Ele afirmou que pesquisas mostram que a maioria da população era contrária à privatização da estatal, o que mostra que a decisão não visa favorecer o povo.

"Simplesmente a vontade de um governo que não tem justificativa nenhuma de privatizar a estatal que dá lucro. Em dez anos teve um lucro de R$ 12 bilhões e passou 73% para a União", diz André, que demonstra preocupação com os funcionários, que possuem em média 50 anos e pararam de estudar por já serem concursados.

"São quase cem mil trabalhadores diretos e quase 400 mil indiretos. Essas pessoas vão ficar passando fome", avalia.

Ele afirmou que a categoria tem uma assembléia marcada para o dia 16 de agosto e no dia seguinte os funcionários da estatal deverão realizar greve em manifestação contrária à decisão de privatização.

"Nossa proposta é acampar mesmo, ficar na rua. Levar mulheres e crianças e ficar na rua para chamar a atenção da opinião pública. A forma de impactar é quando as pessoas verem crianças, pais e mães de família que lutaram, fizeram concurso público e os caras, de uma forma errada, não respeitaram a Constituição".

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