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Cultura indígena é forte atrativo de Santa Cruz Cabrália
Existem mais de 40 reservas indígenas em cidade da região Sul da Bahia
Por Daniel Genonadio*
Um dos destinos turísticos mais disputados do estado, conhecido pelas praias exuberantes e locais históricos, Santa Cruz Cabrália é o destino da reportagem do Portal A TARDE nesta quinta-feira, 26. A primeira visita foi a Aldeia Pataxó Nova Coroa, uma das mais de 40 reservas indígenas pertencentes ao município. Mais de 80 famílias, que se sustentam de diversas formas, vivem por lá.
A Aldeia é um dos principais locais para quem quer conhecer a cultura indígena. Através de parceria com entidades turísticas, os habitantes recebem turistas diariamente e contam sobre as suas vivências, pinturas, danças e estruturas. O Centro de Convivência é palco de apresentações musicais e os visitantes podem fazer parte.
No entanto, um dos desafios é manter a cultura viva, já que a convergência com outras culturas e com a tecnologia é grande. O uso do celular, por exemplo, foi apontado pelo cacique da Aldeia como fator de dificuldade.
Em Santa Cruz Cabrália também está situada uma escola municipal, o Colégio Indígena Pataxó. O Centro de ensino tem uma grande diferença em relação aos demais, já que lá, uma das disciplinas ensinadas é a língua nativa, a patxohã.
Bem perto, dentro da Aldeia Coroa Vermelha, próxima da praia da Coroa Vermelha e do local onde os portugueses desembarcaram no Brasil, existe um grande shopping indígena, carinhosamente chamado de ‘Patashopping’. São 51 lojas de produtos artesanais na parte interna, além de mais de 100 na parte externa.
O ambiente calmo também ganha turistas, que transitam pelo ambiente das lojas sem pressa. Diferente de outros locais turísticos, o preço dos produtos também não assustam para além do que pode ser considerado justo.
Ainda dentro da Aldeia Coroa Vermelha existe um museu indígena, que ainda não funciona como os habitantes gostariam. No local são expostas fotografias, artefatos indígenas, equipamentos de música, entre outros. No entanto, os espaços ainda estão vazios e ideias para mostrar mais da cultura local não saíram do papel.
“Tivemos diversas reuniões com a liderança do que a gente quer trabalhar. Artistas plásticos deram ideias para contar a histórias de povos que já habitaram aqui e povos pataxós. Temos museólogos de universidades que estão nos ajudando a como abrir. Queremos mostrar para que nossa história vá mais além”, disse Jefferson Braz, presidente da associação comunitária dos comerciantes indígenas.
*Repórter viajou à convite da Prefeitura de Santa Cruz Cabrália em parceria com a Azul.
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