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Delegados da Bahia decidem entregar cargos e suspendem operações

Categoria pede que o governador Rui Costa atenda a entidade até a próxima segunda-feira, 21

Publicado segunda-feira, 14 de março de 2022 às 19:36 h | Atualizado em 14/03/2022, 19:39 | Autor: Da Redação
Categoria aponta ainda ausência de diálogo e falta de investimentos na instituição
Categoria aponta ainda ausência de diálogo e falta de investimentos na instituição -

Mais de 300 delegados da Polícia Civil da Bahia decidiram, nesta segunda-feira, 14, durante reunião da caregoria no hotel Fiesta, entregar os cargos e suspenderam por 30 dias as operações em todo o estado.

O ato é em represália ao aumento de 4% concedido pelo Governo do Estado. A categoria aponta ainda ausência de diálogo e falta de investimentos na instituição, em estrutura e na contratação de pessoal.

Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia, Fabio Lordello afirma que servidores da Segurança Pública, na gestão atual, sofreram principalmente cortes de benefícios.

"Desta forma, mostra o descaso que possui com a pasta, enquanto a sociedade sofre com nefastas consequências", afirma.

Segundo o sindicato, os delegados da Polícia Civil da Bahia estão entre os piores salários da categoria em todos os estados do país, ocupando a 24ª posição no ranking salarial.

Lordello pontua que a categoria exige diálogo com a gestão ou, caso contrário, servidores irão 'cruzar os braços'.

"A categoria não aceita mais estar na penúltima colocação no ranking das remunerações de delegados no Brasil, portanto, ou a administração senta para conversar ou a classe irá cruzar os braços".

A expectativa é que o governador Rui Costa atenda a entidade até a próxima segunda-feira, 21. Caso não ocorra, serão recolhidas as assinaturas e a entrega de todos os cargos da Polícia Civil ocupados por delegados acontecerá a partir do dia 25 de março.

Já a partir desta segunda-feira, 14, a categoria decidiu suspender todas as operações e o cumprimento de mandados, além das representações por novas medidas cautelares, inclusive as medidas protetivas decorrentes da Lei Maria da Penha, por 30 dias.

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