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Desemprego na Bahia chega a 19,8% e alcança patamar mais alto desde maio

Publicado quarta-feira, 23 de dezembro de 2020 às 09:57 h | Atualizado em 23/12/2020, 09:59 | Autor: Da Redação
Estado também apresentou aumento do número de pessoas trabalhando | Foto: USP Imagens
Estado também apresentou aumento do número de pessoas trabalhando | Foto: USP Imagens -

Em novembro, o número de pessoas trabalhando (população ocupada) na Bahia mostrou seu terceiro crescimento estatisticamente significativo consecutivo. Passou de 5,099 milhões em outubro para 5,174 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade no mês passado. Contudo, este aumento ainda não foi suficiente para fazer a taxa de desocupação recuar no Estado.

A taxa de desocupação - percentual de pessoas procurando emprego em relação às que estavam trabalhando - ficou em 19,8%, variando para cima em relação a outubro (quando tinha sido de 19,5%). Foi a taxa de desocupação mais alta para o Estado desde maio, segundo dados da Pnad COVID19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, a Bahia caiu uma posição no ranking nacional desse indicador, de segundo lugar em outubro para terceiro em novembro, abaixo de Maranhão (21,7%) e Amapá (20,9%).

O número de pessoas desocupadas, ou seja, que procuraram trabalho e não encontraram, ficou em 1,276 milhão de pessoas, acima de outubro, quando havia 1,234 milhão de pessoas nessa situação (+3,4% ou mais 41 mil desocupados em um mês). Frente a maio, quando havia 851 mil pessoas desocupadas, a busca por trabalho na Bahia cresceu 49,8%, com mais 424 mil pessoas nessa situação em novembro.

O contínuo aumento no número de desocupados tem relação, mais uma vez, com a redução no número de pessoas que não estavam trabalhando, queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por causa da pandemia ou por não haver oportunidades onde viviam.

Esse grupo reduziu pelo quarto mês consecutivo e chegou a 1,603 milhão de pessoas em novembro, na Bahia. Frente a outubro, quando havia 1,743 milhão de pessoas nessa situação, houve uma queda de 8,0% (-140 mil pessoas). Frente a maio, a retração foi de 21,5% (menos 438 mil).

Ainda assim, o contingente se manteve como segundo maior do país, abaixo apenas de São Paulo, onde 2,163 milhões de pessoas queriam trabalhar em novembro, mas nem chegaram a procurar por causas relacionadas à pandemia.

População trabalhando

Com o aumento também de pessoas ocupadas na Bahia, o Estado teve, em novembro, sua maior população ocupada desde maio, quando se iniciou a Pnad COVID19 e havia 5,125 milhões de trabalhadores na Bahia. Nesses seis meses, o número de ocupados cresceu 1%, com um saldo positivo de mais 50 mil pessoas trabalhando.

Com o maior número de trabalhadores, o nível da ocupação (percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão trabalhando) também seguiu em alta no estado e chegou, em novembro, a seu maior patamar desde o início da PNAD COVID19, 43,1%, superando o indicador de maio (42,9%).

O avanço da ocupação na Bahia, entre outubro e novembro, ocorreu com mais força entre os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada. Eles chegaram a 881 mil pessoas, 50 mil a mais que no mês anterior (+6,0%) e 212 mil a mais que em maio (31,7%).

O grupo dos empregados com carteira assinada também aumentou frente a outubro (mais 11 mil pessoas trabalhando nessa condição, ou +0,8%) e chegou a 1,454 milhão, 6,3% a mais que em maio (quando eram 1,367 milhão).

De outubro para novembro, o número de trabalhadores por conta própria na Bahia permaneceu estável, em 1,574 milhão, ainda menor que o de maio (1,780 milhão). Já o total de trabalhadores auxiliares familiares teve discreto crescimento (mais 6 mil pessoas, ou + 5,9%) e chegou ao maior patamar desde maio (109 mil pessoas).

Por conta desses movimentos, a taxa de informalidade seguiu mostrando tendência de alta na Bahia pelo terceiro mês consecutivo, ficando em 47,3% em novembro.

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