OLHAR PARALELO
Dois de Julho: o simbolismo por intermédio do senso popular
Diversidade, criatividade e memória cultural são trazidas pelo povo, o que enriquece a festa
Por Rodrigo Tardio
Dia D das comemorações pelo bicentenário da Independência do Brasil na Bahia, este domingo, 2 de Julho foi marcado logo no início do dia com a alvorada e queima de fogos no Largo da Lapinha, em Salvador. Autoridades, políticos e admiradores presentes ao início do cortejo cívico viram o hasteamento de bandeiras, execução do Hino Nacional pela banda de música da Marinha do Brasil e a apresentação da Esquadrilha da Fumaça.
A saída do cortejo foi acompanhada por milhares de pessoas presentes que se apertavam em meio a passagem dos carros dos caboclos após a realização da colocação de flores no monumento ao General Labatut. O brilhantismo do desfile foi representado pelos Caboclos de Itaparica, fanfarras, além das fachadas dos imóveis decoradas no percurso, como a de D. Nira, onde a família se caracteriza em frente a residência, o que representa um breve resumo do que o simbolismo do 2 de Julho representa.
A caminhada seguia e a cada passo pode ser observada a riqueza histórica trazida pelos olhares convencionais, como Robson do Agogô, que carregava uma pomba branca, em um gesto de pedido de paz. "As comemorações do 2 de Julho representam a resistência de um povo forte, que este ano está mais brilhante pelo bicentenário", disse.
Seguindo o cortejo, mais uma parada para homenagear os Heróis da Independência, em frente ao Convento da Soledade. Em meio a riqueza da diversidade cultural, outras duas homenagens foram realizadas, uma na Ordem Terceira do Carmo, e a outra na Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
A representatividade da capoeira e das baianas, figuras simbólicas do Estado, estiveram caracterizadas nas alas específicas que desfilavam com belas vestimentas, o que é peculiar, assim como os 'Cangaceiros de Ipitanga', manifestação popular desde 2011, do município de Lauro de Freitas.
Nem a chuva no final do percurso da manhã, atrapalhou a chegada dos carros emblemáticos dos caboclos nos caramanchões da Praça Thomé de Souza, momento no qual não passaria de uma pausa para a sequência das comemorações que seguiram na tarde.
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