Escolas municipais possuem sérias deficiências estruturais
Além dos problemas pedagógicos, as escolas municipais sofrem com sérias dificuldades na infraestrutura. Mesmo com a melhor nota nos anos iniciais, a Escola Municipal de Simões Filho não dispõe de um refeitório. Por isso, as crianças precisam comer na sala de aula.
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Na Maria Quitéria, os estudantes realizam atividades físicas no corredor, já que não há quadra esportiva. A escola também não dispõe de laboratório de informática, biblioteca ou sala de leitura.
Na Dom Francisco Leite, foi organizada a biblioteca móvel, para suprir a falta de biblioteca ou sala de leitura. Os alunos desenvolvem atividades físicas no campo de futebol do povoado.
Dados do Censo Escolar 2018 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam que a situação encontrada nessas três escolas não é diferente da vista no restante da cidade. Para se ter uma ideia, do total de 111 unidades de ensino municipais, 24% têm cozinha. Somente 9% delas possuem sala para leitura, por exemplo. Nem metade dispõe de internet. As que possuem representam 41% do total.
Prefeitura responde
Questionada sobre estes problemas, a superintendente pedagógica Heliete Mota pontuou que a atual gestão “encontrou a rede escolar sucateada” e que “todas as escolas foram requalificadas e duas grandes unidades escolares estão sendo completamente reformadas”.
As citadas por ela foram as escolas Padre Luiz Palmeira e Enock Pimentel, cujos investimentos foram de mais de R$ 6 milhões, segundo a prefeitura.
Sobre as deficiências na Maria Quitéria, citadas também na matéria anterior, a gestão informou que o colegiado da unidade está irregular “há muito anos, desde a gestão anterior”, por problemas na prestação de contas. Disse também que a prefeitura supre todo o material pedagógico, de limpeza e administrativo e que a questão da falta de professores foi sanada.
Em relação às escolas com dependências acessíveis aos alunos com deficiências, 11% delas têm algum tipo de estrutura própria. A gestão informou que 285 alunos com deficiência estão matriculados este ano contra 143 de 2017, um avanço de 49,82% entre estes anos.