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Fabricação clandestina de fogos ainda é realidade em Santo Antônio

Cristina Santos Pita, da Sucursal Santo Antônio de Jesus

Por Cristina Santos Pita, da Sucursal Santo Antônio de Jesus

10/12/2008 - 22:59 h | Atualizada em 11/12/2008 - 0:23

>> Após 10 anos, explosão em Santo Antônio continua impune

Em Santo Antônio de Jesus, a fabricação clandestina de fogos de artifício é uma atividade que vem sendo praticada sem respeitar qualquer norma de segurança ou fiscalização. No fundo de quintal ou nas portas de casa. Qualquer lugar é usado por milhares de famílias para se produzirem fogos, principalmente o traque, que envolve famílias inteiras, incluindo crianças e idosos.

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Há três fábricas legalizadas que funcionam no Condomínio Fênix, mas apenas duas estão em atividade, a Big Fire Works e a Fábrica de Fogos Boa Vista. Apesar do iminente perigo, a produção clandestina movimenta a economia da região, que é a segunda maior produtora de artefatos pirotécnicos da América Latina, empregando cerca de dez mil pessoas, dos 86 mil habitantes, que sobrevivem com ganhos da atividade.

A maior parte da produção clandestina é realizada na porta das casas, que se transformam em barris de pólvora. Os bairros Irmã Dulce, São Paulo, Joeirana, Casco e Invasão do Derba, periferia da cidade, e algumas fazendas espalhadas pela zona rural são os principais focos das fábricas clandestinas.

A situação de extrema pobreza dessas comunidades obriga a população a se submeter ao trabalho perigoso. Além da situação de risco, eles contam que recebem apenas R$ 0,70 pela produção de mil traques. A produção, realizada por mulheres e criança, é comprada pelo produtor, que repassa para os comerciantes de fogos de artifício.

Só no município, segundo dados do Movimento 11 de Dezembro, são 500 fábricas na ilegalidade. Dados da Associação dos Produtores de Fogos de Santo Antônio de Jesus e Região (Asfogos) dão conta da existência de cerca de 30 fabricos clandestinos. Juntando os legalizados, Santo Antônio chega a produzir anualmente quase 50 toneladas de fogos.

Uma força-tarefa, formada pelos Governos Federal, Estadual, entidades ligadas à defesa dos Direitos Humanos e sociedade civil, está atuando no combate à clandestinidade na produção de fogos de artifício no município, mas com resultados pouco visíveis. A força-tarefa age no combate ao subemprego e ao trabalho escravo e infantil a que estão submetidas diversas famílias do município.

Segundo o tenente Laércio José Poli, delegado do serviço militar e chefe de fiscalização de produtos controlados, as fiscalizações são rotineiras. “O Exército fiscaliza as fábricas e vistoria os locais para ver se operam nas condições exigidas, dentro dos padrões de segurança exigidos", garante. No entanto, o esforço é centrado nas fábricas regularizadas. "Nos clandestinos, só através de denúncias”, afirmou o tenente.

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