Feijão ajuda e cesta básica de Salvador tem 2ª maior queda do Brasil

A cesta básica barateou 2,67% em Salvador entre os meses de abril e maio, informou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa foi a segunda maior redução no país, atrás apenas da observada em Belo Horizonte, Minas Gerais, de 2,71%.

No geral, a capital baiana tem a quarta cesta básica mais barata do Brasil, R$ 623,05. Mais econômicas que Salvador apenas João Pessoa (R$ 620,67), Recife (R$ 618,47) e Aracaju (R$ 579,55), que lidera o ranking.

Ainda segundo o Dieese, a queda foi puxada por alimentos como o feijão, cujo preço reduziu 6,99%, caindo de R$ 41,22 em abril para R$ 38,34 a saca de 4,5kg. O maior destaque foi a banana, que abaixou 11,51%, saindo de R$ 10,25 a dúzia para R$ 9,07. Também estão mais baratas carne, óleo e tomate (3,24%, 3% e 1,83%, respectivamente). Mais caros estão o café (2,97%) e manteiga (1,46%).

No topo da lista, o ranking das cidades mais caras é puxado por São Paulo (R$ 826,85), seguido por Porto Alegre (R$ 801,45), Florianópolis (R$ 801,03), Rio de Janeiro (R$ 796,67) e Campo Grande (R$ 748,48).

Cesta x salário mínimo
Em maio de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 110 horas e 31 minutos, maior que o de abril, de 109 horas e 54 minutos. Já em maio de 2023, a jornada média foi de 113 horas e 19 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em maio de 2024, 54,31% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em abril, 54,01% da renda líquida. Em maio de 2023, o percentual ficou em 55,68%