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Feminicídios caem 3,5% na Bahia, apesar de alta de 9,2% no interior

Dados foram levantados pelo Instituto de Segurança Pública, Estatística e Pesquisa Criminal (ISPE)

Redação

Por Redação

07/09/2025 - 7:30 h
Anuário aponta para a necessidade de descentralizar os serviços de proteção
Anuário aponta para a necessidade de descentralizar os serviços de proteção -

A Bahia registrou 111 feminicídios em 2024, uma redução de 3,5% em relação aos 115 casos de 2023. A queda, ao contrário do que é visto em relação aos crimes violentos letais intencionais (CVLIs), não representa uma tendência. Segundo o documento, foram 88 casos em 2021, 107 em 2022, e 115 em 2023. Feminicídios é um dos itens que compõem as estatísticas de CVLI.

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primeiro anuário do Instituto de Segurança Pública, Estatística e Pesquisa Criminal (ISPE) 0,00kb

Outro indicador que mostra que a queda nos registros de feminicídio no Estado pode não ser sustentada ao longo dos anos é o de tentativas de feminicídio, que aumentou em 31,28% na mesma base de comparação (2023/2024). Em termos absolutos, 235 mulheres, 56 a mais do que em 2023, sofreram agressões com a intenção de causar-lhes a morte, embora essa não tenha sido consumada.

A análise territorial dos dados levantados pelo Instituto de Segurança Pública, Estatística e Pesquisa Criminal (ISPE) revela disparidade entre o interior e a capital. Salvador anotou uma queda expressiva de 55%, de 20 para 9 casos de feminicídio no ano passado em relação a 2023. O documento não cita números, mas afirma que a incidência desse tipo de crime também recuou na Região Metropolitana, embora sublinhe que 12 cidades da região tenham registrado casos do tipo no ano passado. Por outro lado, os registros nas cidades do interior aumentaram 9,2%.

Esses números, segundo o diretor do ISPE, delegado Omar Andrade Leal, sugerem que as políticas de proteção à mulher estão mais consolidadas em grandes centros urbanos, mas ainda enfrentam barreiras para chegar com a mesma eficácia às áreas rurais e cidades menores, onde, afirma, a cultura do machismo ainda se faz fortemente presente.

As vítimas, de acordo com o estudo do instituto, são, em sua maioria, mulheres solteiras, na faixa etária de 31 a 46 anos, com ensino fundamental ou médio completo e que exerciam trabalhos informais ou são responsáveis pelo lar. Esses dados, diz o estudo, reforçam a conexão entre a vulnerabilidade socioeconômica e a violência de gênero.

Ainda segundo o anuário, a principal motivação para os crimes de feminicídio continua sendo o sentimento de posse e o inconformismo com o término de relacionamentos. Em 93% dos casos, o autor era o companheiro, marido, namorado ou ex-parceiro da vítima. Os feminicídios registrados na Bahia ocorrem majoritariamente dentro da residência (61%) e o principal meio empregado é a arma branca (44%), seguida por arma de fogo (36%).

O retrato traçado pelo documento quando trata da violência de gênero mostra o crescimento de outros tipos de violência praticada contra mulheres entre 2023 e 2024. Os relatos de violência psicológica à polícia subiram de 4.213 para 4.487, incremento de 6,5%. Os de violência moral foram de 1.982 a 2.004, alta de 6,2%. Também subiram os de violência patrimonial, de 1.146 para 1.203 (5% de alta), sexual, de 2.389 para 2.511 (5,1%) e física, de 5.671 para 5.894 (3,9%). Ainda foi registrada uma ampliação de 5,9% nos pedidos de medidas protetivas na mesma base de comparação.

Para reverter o quadro no interior, o anuário aponta para a necessidade de descentralizar os serviços de proteção, com a criação de mais Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) e o fortalecimento da rede de apoio psicossocial e jurídico. Ações de conscientização e o combate à cultura do machismo também são vistas como essenciais para prevenir a violência antes que ela escale para o feminicídio.

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Tags:

arma crime feminicídio mulheres violência violência de gênero

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