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13/09/2021 às 14:29 • Atualizada em 13/09/2021 às 14:50 | Autor: Redação

BAHIA

Fenatrad promove live sobre trabalho análogo à escravidão e cárcere privado

Segundo a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), 942 trabalhadores em condição análoga à escravidão foram resgatados em 2020
Segundo a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), 942 trabalhadores em condição análoga à escravidão foram resgatados em 2020 -

A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) irá promover na próxima quinta-feira, 16, às 18h, uma live sobre “Trabalho Análogo à Escravidão e Cárcere Privado de Trabalhadoras Domésticas em pleno século XXI”.

Participam da live, que será transmitida pelo Facebook da entidade, Luiza Batista, presidenta da Fenatrad; Creuza Oliveira, presidenta do Sindoméstico/BA; Guadalupe Louro Turos Couto, procuradora do Trabalho no Rio de Janeiro; Maria Manuella Brito Gedeon, procuradora do Trabalho em Vitória da Conquista (Bahia) e Martin Hahn, diretor do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil. O debate será mediado pelo jornalista e assessor de Comunicação da Fenatrad, Pedro Castro.

O debate ocorre após diversas denúncias de práticas ilegais de trabalho análogo à escravidão e cárcere privado virem à tona, especialmente o caso da babá Raiana Ribeiro da Silva, 25 anos, que no dia 25 de agosto, em Salvador, se jogou do terceiro andar de um prédio, para fugir da patroa que a agredia e mantinha em cárcere privado. A repercussão do caso resultou em denúncia de outras trabalhadoras domésticas contra a empregadora Melina Esteves.

“No momento de pandemia, que já prejudica a categoria das trabalhadoras domésticas, ainda encaramos esta situação, em pleno século XXI. Muitas trabalhadoras vivendo em cárcere privados e trabalho análogo à escravidão, violência física, como infelizmente aconteceu com a Raiana. Esses empregadores confiam na impunidade e no isolamento que a trabalhadora doméstica vive no local de trabalho. O advogado de Melina Esteves já está alegando que ela tem problemas psicológicos, mas esses problemas só acontecem quando ela agride pessoas da classe dominada hierarquicamente”, disse Luiza Batista, presidenta da entidade.

Creuza Oliveira, presidenta do Sindoméstico/Ba, afirma que depois de mais de 150 anos depois da Abolição da Escravatura, e em pleno século XXI, crimes de trabalho escravo estão acontecendo no Brasil.

“Nos preocupa como ainda nos dias de hoje esses casos venham acontecendo. Muitos casos ficam impunes. Alguns patrões têm tanta certeza da impunidade que continuam praticando os crimes. O caso de Raiana é terrível. A pessoa tem que atentar contra a sua vida para se livrar de uma situação de violência dentro do âmbito do trabalho. A Fenatrad tem tido uma luta em nível nacional e internacional para combater o tráfico de pessoas para o trabalho doméstico", pontuou.

Segundo a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), desde sua oficialização, em 1995, até 2020, já foram registrados 55.712 casos de trabalhadores em condições análogas à escravidão no país. Destes, 942 casos foram registrados em 2020.

Números mais recentes da SIT, coletados entre 2016 e 2018, mostram que 82% dos resgatados neste período eram negros e que 70% deles são analfabetos ou não concluíram nem o 5º ano do Ensino Fundamental.

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