TRADIÇÃO
Festa da boa morte tem alvorada festiva e procissão nesta terça
Patrimônio Imaterial do estado há 13 anos, a edição 2023 da festa, em Cachoeira, tem extensa programação
Por Miriam Hermes
Patrimônio Imaterial do estado há 13 anos, a edição 2023 da Festa da Nossa Senhora da Boa Morte, em Cachoeira, tem nesta terça-feira, 15, alvorada festiva pelas ruas da cidade histórica do Recôncavo da Bahia. A programação teve início no domingo, 13, e termina na quinta-feira, 17, com Caruru e Samba de Roda, no Largo D’Ajuda.
Com mais de 200 anos de história, a tradicional manifestação religiosa/cultural celebra hoje a assunção de Nossa Senhora da Igreja matriz de Nossa Senhora do Rosário, a partir das 10h. Em seguida uma procissão festiva pelas ruas em homenagem à Nossa Senhora da Glória e posse da comissão que vai organizar o evento em 2024.
Às 12h deste feriado acontece a Valsa e Samba no Largo D’Ajuda e às 13h, o concorrido Almoço das Irmãs, com a participação das confreiras da irmandade e convidados externos, na sede da instituição.
Um animado Samba de Roda no Largo D’Ajuda vai movimentar essa região da cidade a partir das 17h, encerrando a programação oficial de hoje. No mesmo local, amanhã será servido o prato conhecido como cozido a partir das 18h, seguido de Samba de Roda.
Coordenada pela Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte de Cachoeira, grupo de mulheres negras descendentes de escravizados, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário e a Diocese de Cruz das Almas, a organização do evento mobiliza diversos apoios para sua realização, como o governo estadual e prefeitura local.
A congregação, que remonta ao tempo da escravização dos africanos e descendentes no Brasil, “é uma herança que passa de geração em geração, com respeito aos cultos religiosos, às manifestações populares e a manutenção dos costumes, com ênfase na ancentralidade da nossa população”, definiu a professora de História, Aparecida Gomes.
No mês de agosto, além dos festejos da Boa Morte, acontece a Romaria de Bom Jesus da Lapa, e a as celebrações da irmã Dulce, em Salvador. A estimativa da Secretara de Turismo da Bahia (Setur) é que cerca de 5 milhões de pessoas viajam dentro do estado ou vem de fora em busca dos eventos.
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