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Festa de São João em Barra relembra Guerra do Paraguai

Por Miriam Hermes, da sucursal Barreiras

24/06/2008 - 9:48 h

A comoção tomou conta das ruas do centro histórico da cidade de Barra (680 km de Salvador), na noite desta segunda-feira, 23, com o pipocar de mais de oito mil fogos de artifício, a maioria de buscapés fabricados sob encomenda para os três clubes (fortes Curuzu, Humaitá e Riachuelo). O ponto alto da festa de São João da Barra, que começou no dia 16 de junho e termina hoje à noite, foi este desfile que é a mais autêntica representação cultural do lugar. A tradição remonta à guerra do Paraguai, que aconteceu entre 1864 e 1870, e é explicada pelo fato de mais de cem barrenses terem participado diretamente dos confrontos.

O espetáculo teve quatro horas de duração e proporcionou emoções que puderam ser experimentadas de várias maneiras: desde o envolvimento direto com a organização prévia e o desfile (geralmente nativos e que somaram mais de mil pessoas); como expectador próximo do perigoso pelotão de fogo ou mantendo distância, como observador mais cauteloso.

No entanto, não era obrigatório estar na rua Dom João Muniz, entre a catedral de São Francisco das Chagas e a praça Barão de Cotegipe, em frente ao Palácio Episcopal, para vivenciar o clima de guerra que pôde ser observado de longe, pelo barulho das explosões e cuja fumaça da pólvora fez densas nuvens, deixando um cheiro de pólvora na cidade.

"Isso é maravilhoso. Nunca vi nada igual. Eu sempre ouvia falar deste São João e agora pude ver que é diferente das outras festas que eu conhecia. Eu recomendo para quem gosta de adrenalina", disse entusiasmada a estudante de enfermagem, Rosane Schneidt, 22 anos, residente em Brasília.

Na programação de hoje, às 16h tem a Levada da Lenha (um desfile caipira e irreverente pelas ruas da cidade), às 18h começam as brincadeiras típicas como pau-de-sebo, quebra-pote e apresentação de quadrilhas na praça Barão de Cotegipe. Na última noite de festa a atração é o grupo Balão do Beijo, além de bandas locais.

Entenda o desfile:

Os três fortes abriram seus desfiles com os pelotões de fogo, que só de buscapés somaram 7.700 unidades, além de girândulas e fogos multicoloridos, esses últimos incorporados à tradição mais recentemente.

Cada um dos fortes manteve o costume de levar réplicas de canhões de guerra em miniatura, que fizeram várias paradas para serem reabastecidas de pólvora. Vale destacar que para sair neste pelotão a pessoa tem que ter mais de 18 anos, estar identificada com a farda do seu forte, usar capacete e grossas luvas de couro, uma vez que o buscapé de Barra deve ser segurado na mão até o pipoco final.

Entre mais de 200 participantes dos pelotões de fogo, dois resultaram com ferimentos considerados de média complexidade.

Depois desfilaram as fanfarras com marchas marciais, seguidas de pessoas de diversas idades nas alas de cavalaria, quadrilhas, e nos carros alegóricos, que como nas edições anteriores, esbanjaram criatividade e originalidade. Um tema comum aos três clubes este ano foi a Olimpíada de Pequim.

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