BAHIA
História de obras emblemáticas: OEC completa 80 anos
Maior empresa de construção pesada do Brasil possui currículo com mais de 3 mil obras realizadas em 38 países, de quatro continentes
Por Da Redação
Com mais de 3 mil obras realizadas em 38 países, de quatro continentes, a Odebrecht Engenharia e Construção (OEC ), maior empresa de construção pesada do Brasil, celebra 80 anos de história em 2024. Para celebrar o marco, a empresa criou o mote “80 anos, uma história de pessoas e engenharia”, conceito desenvolvido para destacar os desafios de engenharia superados com o apoio da força de trabalho de centenas de milhares de integrantes que, nestas oito décadas, se dedicaram a realizar obras relevantes para a sociedade, forjados nos princípios e valores da cultura empresarial sistematizada pelo fundador, o engenheiro Norberto Odebrecht.
Desde a sua criação, em 1944, a OEC busca entregar projetos inovadores e com reconhecida qualidade, capazes de impactar positivamente a vida das comunidades beneficiadas. Ao todo, a empresa realizou mais de 3 mil projetos entre usinas hidrelétricas, térmicas, nucleares, rodovias, portos, aeroportos, metrôs, ferrovias, pontes, arenas esportivas, plantas petroquímicas, refinarias, entre outros, em 38 países. Da primeira obra, uma pequena ponte em Itacaré, no Sul da Bahia, até a Ponte Vasco da Gama, em Portugal – a mais extensa da União Europeia –, passando pelo aeroporto internacional de Miami, um dos mais movimentados nos Estados Unidos, e pela hidrelétrica de Laúca, em Angola, obra recém-entregue pela construtora, a excelência técnica sempre foi um ativo enaltecido por clientes e parceiros que a ela se uniram nesta trajetória.
A reconhecida experiência em obras de grande complexidade foi conquistada a partir de sólidos pilares estabelecidos e difundidos por Norberto Odebrecht. Espírito de servir, confiança no ser humano, descentralização, delegação planejada, parceria e partilha de resultados foram conceitos introduzidos pelo fundador e que moldaram a filosofia replicada atualmente pelos mais de 15 mil integrantes espalhados por 14 países, cinco dos quais com obras em andamento.
“A missão da OEC é servir ao cliente com agilidade e eficiência, entregando soluções customizadas de forma sustentável e inovadora. Além disso, temos orgulho de nos conectar profundamente com as comunidades em que atuamos porque o cuidado com as pessoas faz parte do nosso DNA", afirma Héctor Núñez, presidente do Conselho de Administração da OEC.
Somos uma empresa local em cada lugar em que atuamos. Isso passa pela contratação de mão-de-obra e parceiros, além do respeito que nutrimos e incentivamos à cultura de cada região
Já Maurício Cruz, CEO que iniciou sua trajetória na construtora como estagiário, ressalta o papel das pessoas para o que a empresa é hoje. “Nosso sentimento de pertencimento e a confiança depositada para o cumprimento dos nossos PAs [Programas de Ação - plano com ações e metas alinhadas anualmente entre líderes e liderados] nos transmite um senso de que cada atitude importa para o todo, que o papel de cada um é fundamental para que possamos atingir os objetivos que traçamos", afirma.
Hoje conseguimos olhar para frente e enxergar um futuro promissor, certamente com bastante austeridade, mas que nos empolga por sabermos que solidificamos o respeito e reconhecimento daqueles que nos propomos a servir, que são os nossos clientes
Foi este reconhecimento à excelência das entregas da OEC que fez a empresa ter 20 de suas obras premiadas com o Global Best Projects, concedido pela revista norte-americana ENR – Engineering News-Record, considerada a mais relevante distinção da engenharia mundial, além de ter obtido outros reconhecimentos relevantes oferecidos por entidades como Skytrax, O Empreiteiro, Cemex, entre outros.
ESG
As políticas de Sustentabilidade, de Integridade, sobre Pessoas e de Diversidade e Inclusão da OEC definem as referências, compromissos, papéis e responsabilidades que orientam as práticas ESG da companhia e a entrega de resultados oportunos e positivos. A empresa adota medidas que asseguram a proteção à vida e integridade física, do bem-estar e dos direitos de todas as pessoas, ao mesmo tempo em que se compromete com a preservação do meio ambiente, atuando de maneira proativa frente à mudança do clima.
Nesse sentido, destacam-se a contribuição da OEC para o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e a qualidade e precisão de seu inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), há 11 anos consecutivos titulado com o “Selo Ouro” do Programa Brasileiro GHG Protocol. O reconhecimento se traduz ainda pela certificação das normas ISO 9001 (Gestão da Qualidade), 14001 (Gestão Ambiental) e 45001 (Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho) que oferecem contribuições consistentes para a evolução e fortalecimento dos mercados em que a empresa opera.
Reforçando seu compromisso com a responsabilidade social, os programas de formação da OEC já proporcionaram educação a milhares de pessoas, no Brasil e em outros países. O antigo Programa Acreditar, de qualificação profissional continuada, permitiu a formação de cerca de 100 mil pessoas em 13 países.
Já o OEC Educação, que sucedeu o Acreditar nesta nova fase da companhia, instituído nos canteiros de obras da empresa para reduzir os desafios de letramento e alfabetização de seus integrantes, tem previsão de formar no curto prazo 108 trabalhadores no Brasil e mais de 470 em Angola, na África. Além dessas iniciativas, destacam-se o programa de formação de futuros líderes OEC Job e o Programa de Estágio, que recruta estudantes de todo o País para colocar em prática aquilo que aprendem nas universidades.
Atuação social
Em 1965, foi criada a Fundação Norberto Odebrecht, instituição privada sem fins lucrativos, que tem por finalidade contribuir para o combate à pobreza e à desigualdade visando a construção de uma sociedade mais responsável, harmônica, solidária e com igualdade de oportunidades para todos. Com 20 anos de um programa social avaliado e com impactos comprovados, implementado inicialmente por Norberto Odebrecht no Baixo Sul da Bahia e expandido nos últimos anos para a região serrana de Macaé (RJ), a Fundação já impactou mais de 650 mil pessoas.
Integridade
Em linha com as melhores práticas corporativas, a OEC e o Grupo Novonor, holding de investimentos que controla a construtora, promoveram uma profunda reforma de governança nos últimos anos. O investimento na nova estrutura de Integridade resultou em ações práticas, como a criação de canais de ética, desenvolvimento de análises de risco em todas as fases dos projetos, revisão do Código de Conduta, criação ou revisão de políticas e diretrizes de Integridade, ações frequentes de comunicação e treinamento e reforço das medidas de governança independente, como a criação de Comitês de Integridade e Auditoria, funções independentes nas duas áreas e a participação de membros independentes nos Conselhos de Administração, por exemplo.
As mudanças implementadas e o Programa de Integridade foram chancelados por organismos nacionais e internacionais, como o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), o Banco Mundial, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União. Desde 2021, a OEC é certificada com a ISO 37001, que atesta práticas antissuborno e de Integridade em nível internacional. Em 2022, recebeu o selo Infra+ Integridade, oferecido pelo Ministério da Infraestrutura, e, em 2023, obteve o Selo Pró-Ética, iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Instituto Ethos que visa a promoção de um ambiente corporativo mais ético, íntegro e transparente.
Trajetória da OEC
Com 23 anos de idade, Norberto Odebrecht fundou a construtora e começou a realizar uma série de projetos em Salvador e no interior do estado. O primeiro movimento de expansão levou à abertura de um escritório em Recife, mas foi a chegada ao Rio de Janeiro, em 1969, que estabeleceu a OEC em um novo patamar. Credenciada pela realização de importantes obras, entre as quais o edifício-sede da Petrobras, o Aeroporto do Galeão, o campus da Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ) e a Usina Nuclear de Angra dos Reis, a OEC tornou-se uma empresa de atuação nacional e formou as bases para a sua internacionalização e a diversificação dos negócios.
Em 1979, a primeira equipe internacional da construtora desembarcou no Peru para a construção da Hidrelétrica de Charcani V. Na sequência, veio o Chile e, depois, Angola, com a maior hidrelétrica do continente africano, Capanda. Em menos de cinco anos, a OEC já estava em Portugal, México, Venezuela, Equador, Argentina, Colômbia, Bolívia e Estados Unidos, onde tornou-se a primeira empresa brasileira a realizar uma obra pública. Então foi a vez de avançar para a América Central, Caribe, Oriente Médio e expandir a presença na África, chegando a Gana, Líbia, Moçambique e outras nações.
Ao longo das últimas oito décadas, a OEC empregou tecnologia e inovação para superar desafios considerados intransponíveis. Um deles foi o Projeto Olmos, que leva água da Bacia Amazônica a uma das regiões mais desérticas do Peru, com um túnel a dois quilômetros de profundidade sob as imponentes montanhas dos Andes, uma das regiões mais instáveis geologicamente do planeta.
A capacidade de criar soluções também vem sendo empregada neste momento na construção do Terminal Oceânico de Barra do Dande, em Angola, que exigiu uma complexa operação logística para transportar gigantescos vasos de pressão produzidos na China até o país africano, reduzindo o prazo de entrega do projeto em seis meses. Apenas nos últimos cinco anos, a empresa somou mais de R$ 20 bilhões em novos contratos.
Em 20 oportunidades teve obras premiadas com o Global Best Projects, concedido pela revista norte-americana ENR – Engineering News-Record, sendo considerada a mais relevante distinção da engenharia mundial. Nos últimos cinco anos, a empresa conquistou mais de R$ 20 bilhões em novos contratos. Desde 2021, é certificada com a ISO 37001, que atesta práticas antissuborno e de Integridade em nível internacional. Em 2022, recebeu o selo Infra+ Integridade, oferecido pelo Ministério da Infraestrutura, e, em 2023, obteve o Selo Pró-Ética, iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Instituto Ethos que visa a promoção de um ambiente corporativo mais ético, íntegro e transparente. Atualmente, emprega cerca de 13 mil pessoas de diferentes nacionalidades em mais de 30 obras espalhadas por países das Américas e da África.
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