BAHIA
"Hoje ele seria um instagramer", diz pesquisadora sobre relação de Simões Filho com tecnologias
Por Victor Rosa

Comemorando 108 anos de existência nesta quinta-feira, 15, o jornal A TARDE tem em sua trajetória o costume de sempre inovar e trazer para seu público as últimas tecnologias. Em conversa durante uma mesa redonda no YouTube do A TARDE Conecta, a jornalista e pesquisadora Cleidiana Ramos comentou que isso é uma herança do fundador do periódico, Simões Filho, e brincou que hoje ele seria um instagramer.
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"A TARDE cobriu a Primeira Guerra Mundial com tecnologia de ponta. A TARDE também sempre teve as máquinas mais modernas de fazer jornal, pois Simões Filho sempre foi apaixonado por avanços tecnológicos. Acho que no dia de hoje ele [Simões Filho] seria um instagramer ou youtuber", relata a pesquisadora.
Além de Cleidiana, participou da mesa redonda especial de 108 anos do Grupo A TARDE o colunista Levi Vasconcelos e o artista Jackson Costa. A discussão foi mediada pelo artista Fernando Oberlaender.
Primeira a falar, Cleidiana, que já trabalhou por 17 anos na reportagem de A TARDE, relembrou os momentos que viveu no jornal e declarou que a empresa foi para ela uma escola de jornalismo.
"Aprendi e experimentei muito o jornalismo. Tenho um carinho enorme pela instituição A TARDE, pois tudo que sei em jornalismo eu aprendi aqui e as outras coisas foram desdobramentos", comenta a jornalista.
Ainda segundo Cleidiana, A TARDE foi fundado em 1912 e "já chegou quebrando vários tipos de marcos". Um dos exemplos foi ter sido o primeiro jornal baiano a publicar clichê, ou seja, reportagem com imagens.
"Em 1914 enviou Diomedes Gramacho, considerado primeiro cineasta baiano, para o Rio de Janeiro para que ele aprendesse a técnica de fazer clichê e A TARDE fazer sua própria produção de imagens", pontua a pesquisadora.
Combate a fake News
Em tempos de rede, onde as notícias são difundidas também através das redes sociais, os veículos de comunicação ganham um outro papel importante na sociedade: credibilidade para combater as notícias falsas, chamas de fake news.
Para o colunista do Grupo A TARDE Levi Vasconcelos, os jornalistas da empresa tem a obrigação de entregar notícias verdadeiras em respeito a audiência.
"Nós jornalistas somos garimpeiros de informações e vamos produzir o que a audiência merece com respeito, com informação referenciada na plataforma do jornal A TARDE", disse Levi.
Que completa: "Neste tempo de sociedade em rede temos um enorme desafio de ser garantidor de informações sérias e referenciadas".
A TARDE e cultura
O artista Jackson Costa destacou durante a live o papel importante do jornal A TARDE para o cenário cultural baiano. Para Jackson, matérias sobre teatro, como as publicadas pela repórter Eduarda Uzeda no Caderno 2+, são necessárias para manutenção de um segmento cultural que ainda possui poucos recursos no Brasil e na Bahia.
"Quando se tem uma reportagem de Eduarda Uzeda sobre teatro, por exemplo, qualquer pessoa da área quer ler por ela conhecer de dentro o teatro", relata.
Jackson mostra como exemplo uma matéria de 2015 de Eduarda Uzeda para o Caderno 2+ sobre a obra 'Los Catedrásticos'. "Tenho várias matérias do jornal A TARDE organizada em caixas e selecionei um. Tem uma matéria de Los Catedrásticos, no Caderno 2+, em 2015 e publicada por Eduarda Uzeda. São divulgações assim que me fazem bastante feliz".
O artista também aproveita o momento para fazer um pedido ao Grupo: "Faço meu manifesto que o A TARDE dê mais espaço ainda para as artes cênicas".
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