Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > bahia > INCÊNDIO NA CHAPADA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

INCÊNDIO NA CHAPADA

Fogo na Chapada Diamantina compromete vazão de rios

Da Redação

Por Da Redação

24/11/2015 - 18:38 h | Atualizada em 24/11/2015 - 20:36
Cachoeira na Chapada
Cachoeira na Chapada -

Os incêndios que atingem o Parque Nacional da Chapada Diamantina vão comprometer a vazão dos rios que possuem nascentes na região, informou, nesta terça-feira, 24, a Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis (Bral). Segundo a Bral, a biodiversidade e recursos hídricos da Chapada Diamantina abarcam as nascentes dos rios Paraguaçu, de Contas, Paramirim, Salitre e Jacaré e alguns tributários do Rio São Francisco, um dos mais importantes do país. O que significa nascentes que totalizam 80% de toda a água do Estado da Bahia. O abastecimento de Salvador depende dessas águas.

"Muitas turfas estão sendo queimadas, um tipo de solo orgânico formado em valas. Elas funcionam como esponjas, liberando a água gradualmente, impedindo que os rios fiquem secos no período de estiagem e que transbordem durante as chuvas", afirma o engenheiro florestal da Bral, Diego Serrano. A região abarca as nascentes de alguns dos rios mais importantes do país.

Tudo sobre Incêndio na Chapada em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

"Centenas de nascentes de água potável também foram queimadas e muita mata ciliar se perdeu. A quantidade de água que evaporou durante o incêndio é incalculável", acrescenta o engenheiro ambiental membro da Bral, Rodrigo Valle.

Além disso, solos queimados ficam desprotegidos e são arrastados pela enxurrada para os rios, assoreando-os, afetando, inclusive, a qualidade da água. Segundo a Bral, apesar do fogo estar controlado nesta terça-feira, 24, ainda há focos no Barro Branco e no Capão. Mais de nove mil hectares já foram atingidos apenas dentro dos limites da unidade de conservação.

Vegetação

"Em 24 horas de fogo, uma área com milhares de plantas, insetos e animais, transforma-se em um ambiente estéril, demorando dezenas de anos para se recuperar", explica Rodrigo Valle. A frequência, praticamente anual de focos de incêndio, como vem ocorrendo no Parque, não permite a recuperação da vegetação e que as árvores cheguem à fase adulta.

As áreas com vegetação têm capacidade muito superior na produção de água, ou seja, na captação, no armazenamento e na distribuição, enquanto nas áreas queimadas, a água escoa rapidamente. Alguns dias após a chuva, os rios e nascentes já estão secos, pois a bacia não tem mais capacidade para retenção.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Cachoeira na Chapada
Play

Piemonte da Diamantina sofre com incêndio florestal

x