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BAHIA

Índios truká perdem plantação

Por Cristina Laura, da Sucursal Juazeiro

18/11/2008 - 21:20 h | Atualizada em 19/11/2008 - 1:09

As plantações na região dos índios Truká, em Sobradinho (560 km de Salvador), estão definhando por falta de água no Canal da Batateira, causada pela baixa do Lago de Sobradinho. Ainda sem chuvas para ajudar no desenvolvimento das culturas, os índios fazem escalas de trabalho para irrigar as plantas com base na hora em que a água chega com um pouco mais de volume.

A poucos metros de distância da bomba d'água, o plantio de pimentão foi todo perdido porque não havia água para puxar. "É difícil ver o trabalho da gente se perder por falta de água e não dá nem vontade de continuar capinando, já sabendo que a cultura vai morrer mesmo", desabafa o índio João Antônio da Silva Neto, enquanto cuida da capina de outra área, embaixo de uma plantação de maracujá.

O desestímulo abala a comunidade indígena que se esforça para cultivar banana, melancia, quiabo, maracujá e cebola e espera que a situação seja resolvida, apostando também na vinda das chuvas. O Canal da Batateira, que abastece a área dos Trukás, recebe água do reservatório de Sobradinho e também é usado para irrigar terras de vários produtores existentes ao longo do equipamento.

Com a redução constante do nível do reservatório de Sobradinho, que ontem estava em 20,7% de sua capacidade total, a água diminuiu em relação ao mês de outubro e os produtores da região procuram opções para conviver com o período de estiagem. "Estamos nos revezando em trabalho de irrigar nas primeiras horas da manhã e no final da tarde para aproveitar o tempo em que conseguimos um pouco de água do canal. Para isso, é preciso compreensão dos produtores que ficam em áreas acima da nossa no sentido de deixar que a água chegue até a aldeia", afirma o índio Paulo Antônio da Silva.

Sem cisternas ou qualquer outro reservatório de água para garantir abastecimento humano e para plantas e animais, os índios Trukás aguardam a conclusão de um poço artesiano que está sendo perfurado pela Companhia de Engenharia Rural da Bahia (Cerb) no alto de uma serra próximo à aldeia que fica às margens da BA-210, 3 km depois de Sobradinho, para abastecimento da comunidade e de módulos sanitários que serão construídos.

"A água do poço será enviada para duas caixas de água que estão sendo construídas na aldeia e deve acabar com nosso problema de água para a comunidade, mas a da plantação ainda será a do canal", informa o índio Truká, Pedro da Silva. A água do poço, segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que está trabalhando no projeto, tem 90% de chance de ser potável e isso vai ajudar as 25 famílias que estruturam cada vez mais suas vidas nos 4.500 hectares, mas que ainda esperam definições quanto à posse da terra.

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