SEGURANÇA PÚBLICA
Inteligências minaram assaltos a bares, diz comandante da PM
Em entrevista ao Isso é Bahia, Coronel Paulo Coutinho analisou cenário e falou sobre desafios da corporação
Por Daniel Brito
Entre os meses de março e abril, Salvador viveu uma onda de assaltos a bares e restaurantes. Os crimes aconteciam na maioria das vezes em dias e horários de grande movimento, como nos finais de semana e durante a noite, especialmente na sexta-feira e no sábado.
Os casos diminuíram recentemente e, segundo o comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, Coronel Paulo Coutinho, isso se deve a um trabalho conjunto de inteligências. Nesse período, foram realizadas diversas operações, como a "Noite Segura", encabeçada pela Polícia Civil.
"Com a polícia na rua, a gente controla o crime. Também com um trabalho muito astucioso de inteligência, por onde detectamos de onde estavam vindo essas pessoas envolvidas nessa modalidade criminosa, fomos em cima e vamos manter", afirmou o coronel, em entrevista ao programa Isso é Bahia, na rádio A TARDE FM (103.9) na manhã desta terça-feira, 31.
"A operação ainda está rodando, com todas as instituições policiais, tendo a participação da Secretaria de Segurança Pública e tem sido muito exitosa", completou.
O comandante-geral da PM também foi questionado sobre os desgastes gerados pela audiência de custódia, procedimento no qual muitas vezes criminosos que são presos acabam sendo libertados mesmo após cometer determinados tipos de crime, como assaltos a ônibus.
"Essa reincidência ela passa a ser animadora para o criminoso porque ele não vê uma resposta do estado, apesar de serem presos e apresentados à autoridade policial, direcionados para uma autoridade judicante, são liberados às vezes na frente dos policiais que o conduziram. Isso tem que ser repensado e existe um projeto de lei do senador Ângelo Coronel (PSD-BA) que inclusive pede modificações para essa questão. Tem sido para a segurança pública um verdadeiro obstáculo e leva todas as instituições policiais ao retrabalho. Nós temos que estar motivando diariamente nossa tropa para que continuemos", pontuou.
"O maior exemplo são os assaltantes de ônibus na capital. É muito comum serem presos, levados com arma branca, simulacro e, ao chegarem no momento que deveriam continuar na prisão, serem liberados porque existe o entendimento de que é pequeno potencial ofensivo. Mas que cria para a sociedade um clima de segurança e nós estamos fazendo a nossa parte", ressaltou.
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