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Itabuna faz 100 anos e moradores sofrem com falta de água e saneamento básico

Por Ana Cristina Oliveira l Sucursal Itabuna

27/07/2010 - 22:29 h | Atualizada em 22/01/2021 - 0:00

Itabuna celebra nesta quarta-feira, 28, 100 anos de emancipação política. A população, quase 220 mil habitantes, no entanto, sofre com carências nas áreas de cultura e lazer, a falta de água e de saneamento básico. O sistema de abastecimento na captação do Rio Almada  – nos distritos de Castelo Novo e Rio do Braço, em Ilhéus – tem vazão de 600 litros/segundo.

A aquisição de duas bombas para a captação, em Nova Ferradas, elevou a vazão para 900 litros/segundo, mas a cidade precisaria do dobro disso para evitar as manobras, que são controles feitos no sistema a fim de direcionar o abastecimento para uma área ou bairro. Dessa maneira, outras regiões da cidade ficam desabastecidas e a espera pela água pode demorar até 15 dias.

Apenas 14% dos esgotos da cidade são tratados. O resto cai direto no Rio Cachoeira, que agoniza. Os moradores da periferia convivem com valas abertas nas ruas. O contato com a água suja provoca diarreias, verminoses, doenças de pele e hepatite, diagnosticadas nos postos de saúde, principalmente em crianças. “Minhas crianças só vivem com pernas e pés feridos e a gente sofre para dormir e comer com o mau cheiro do esgoto”, queixa-se Eronildes de Jesus, moradora na Rua I, no bairro Nova Califórnia.

Ratos invadem a casa e já morderam um neto dela de 2 anos. “Ninguém olha por nós, que temos que roçar e tirar o lixo para o esgoto não invadir nossas casas” diz o pedreiro Juarez de Jesus, também morador no Nova Califórnia. “Aqui, os dejetos do banheiro e de cozinha descem pelas ruas, porque o esgoto condominial está sempre entupido por falta de manutenção”, diz o comerciante Raimundo dos Santos, morador no bairro São Lourenço.

Na Rua Mutuns, no bairro Santa Inês, o morador Ari Soares diz que, além do esgoto, quando chove as pessoas caminham na lama e, se faz sol, a poeira invade e suja tudo dentro de casa.

Segundo o diretor técnico da Empresa Municipal de Águas e Saneamento S/A (Emasa)  Marcos Habib, a prefeitura tem um plano municipal de saneamento, que contempla água tratada, águas pluviais, resíduos sólidos e esgotos, e encomendou o estudo a uma empresa de Salvador. Ele prevê a construção de 19 estações elevatórias que cobrirão 100% da cidade com saneamento básico, mas a obra depende de recursos do Ministério das Cidades e não há previsão para a liberação.

Polo - Situada em eixo rodoviário, Itabuna, com cerca de 220 mil habitantes, desenvolveu-se nas margens da BR-101, tornou-se polo regional de comércio e de serviços. As duas áreas empregam cerca de 17,2 mil pessoas, o equivalente a 35,75% da mão de obra ativa da cidade, segundo o IBGE. Na agricultura, além do cacau, vem buscando a diversificação agrícola com a pecuária leiteira e café.

Programação - A inauguração do monumento Saga Grapiúna, na Avenida Aziz Maron, com figuras em tamanho natural – em homenagem aos sergipanos, sírio-libaneses, negros e índios, os pioneiros na formação da cidade –, e o lançamento, pelos Correios, do selo comemorativo são dois dos pontos altos da programação desta quarta, em comemoração aos 100 anos de Itabuna, que está em festa desde o dia 16.

No final da tarde, serão inauguradas as obras de reurbanização da Avenida do Cinquentenário, a principal da cidade, que ganhou um moderno sistema de iluminação e um novo piso.  

A festa começa às 5 horas, com alvorada e show pirotécnico em 40 bairros. Às 6 horas, as igrejas católicas vão realizar uma alvorada de sinos. Na sequência, haverá solenidade de hasteamento de bandeiras e execução de hinos, e a missa solene do centenário, na Catedral de São José. A missa será celebrada pelo bispo dom Ceslau Stanula, com presença do prefeito Nilton Azevedo e seu secretariado.

À noite, acontece o show do centenário com Fábio Júnior e as bandas Vera Cruz, Chiclete com Banana e Lordão. Às 20 horas, a Orquestra Sinfônica da Bahia executa o Hino de Itabuna, na Praça Rio Cachoeira.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta quarta-feira, 28, ou, se você é assinante, acesse aqui a versão digital.

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