BAHIA
Lajedinho: canal é aberto para escoar água represada
Por Franco Adailton | Lajedinho

Temerosa de que uma nova cheia aconteça em Lajedinho (a 355 quilômetros de Salvador), a prefeitura abriu um canal para escoar a água represada na barragem do Bambu, localizada em uma fazenda a 5 quilômetros da sede da cidade. O local estava seco no dia da chuva, o que ajudou a evitar uma tragédia de maior proporção.
Utilizando uma máquina retroescavadeira cedida pela prefeitura do município vizinho de Wagner, um operário abriu uma fenda na barragem, que estava repleta de água não potável, destinada basicamente para matar a sede do gado da região.
"Esse é um trabalho apenas de prevenção. Não há risco, por ora, para a população", informou um dos coordenadores da Superintendência de Defesa Civil do Estado (Sudec), Paulo Sérgio Luz, que emendou: "A sorte é que essa área estava totalmente esvaziada, senão o desastre, certamente, teria sido maior".
Donativos
Diante de uma montanha de roupas, moradores de Lajedinho, como a aposentada Maria Nilza, 61, fizeram o cadastramento para receber cestas básicas e roupas, já que todo o comércio local está fechado e sem alimentos. "A gente não tem como e onde comprar comida", disse a idosa.
A prefeitura de Lajedinho pede aos colaboradores que, nesse momento, depositem dinheiro na conta corrente 40.000-9, agência 0595-9, no Banco do Brasil, em vez de enviar roupas e alimentos. "Não que a gente não queira roupas e alimentos, mas as pessoas precisam é de recursos para recompor a vida", argumenta o prefeito Antônio Silva (PSD).
Segundo o gestor, desde o início das doações, a cidade arrecadou um montante de R$ 73 mil, cujos gastos serão acompanhados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). "Que é quem vai decidir a melhor forma de empregar esses recursos em benefício da população", garantiu Antônio Silva.
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