CASO PARAÍSO PERDIDO
Maqueila Bastos é transferida para presídio de Salvador
Suspeita de envolvimento na morte de Leandro Troesch está no Complexo Penitenciário da Mata Escura
Por Da Redação
Maqueila Santos Bastos, suspeita de envolvimento na morte do dono da pousada Paraíso Perdido, Leandro Troesch, foi transferida para o Presídio Feminino, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, na tarde desta segunda-feira, 11. Ela foi transferida ao lado de outras duas internas em um camburão da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos.
Presa no estado de Sergipe no dia 24 de março, por ordem judicial, Maqueila foi transferida para a capital baiana na última terça-feira, 5. Até então, ela seguia detida na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
Conforme o site G1, Maqueila passará por uma audiência de custódia virtual no presídio, porque não há estrutura para o procedimento, na Dercca.
Maqueila é amiga de Shirley Silva Figueredo, viúva de Leandro Troesch. Shirley, que também é investigada pela morte do marido, está foragida da Justiça, com um mandado de prisão contra ela.
Maqueila Bastos teve a prisão temporária decretada no dia 14 de março. Ela, que respondia em liberdade a processos por estelionato, fez amizade com Shirley durante a prisão em 2021. Quando foi liberada pela Justiça, Maqueila passou a trabalhar na pousada Paraíso Perdido.
O delegado responsável pelo caso, Rafael Magalhães, disse ao G1 que Leandro Troesch não aprovava a amizade entre Shirley e Maqueila. Uma foto publicada em uma rede social mostra que Maqueila tem o nome de Shirley tatuado ao lado do desenho de um coração, no braço direito. Na imagem, ela utilizava uma aliança dourada contendo a letra S.
As duas amigas também são investigadas pela morte de Marcel da Silva Vieira, funcionário da pousada, que era “braço direito” de Leandro. Ele foi encontrado morto no dia 7 de março, mesmo dia em que prestaria depoimento sobre a morte do patrão.
Relembre o caso
Leandro Troesch foi preso em fevereiro do ano passado, ao lado da companheira Shirley da Silva Figueredo. Os dois foram sentenciados pelos crimes de roubo e extorsão mediante sequestro cometidos em 2001 contra uma mulher em Salvador.
Eles eram réus junto com outras três pessoas. No processo, o empresário foi citado como o condutor do carro e a pessoa que efetuou os saques bancários, enquanto Shirley foi a responsável por buscar o pagamento do resgate.
O casal foi condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em 2010 a 14 e 9 anos de prisão, respectivamente, em regime fechado. No entanto, ambos viviam uma vida de luxo na Praia dos Garcês, publicando normalmente fotos nas redes sociais.
No dia 25 de fevereiro, Leandro foi encontrado morto dentro de um dos quartos da pousada Paraíso Perdido. À polícia, Shirley que estava no banheiro e não presenciou o momento do tiro.
Dias depois, no início de março, Marcel da Silva Vieira foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo. “Braço direito" de Leandro, ele também era uma testemunha fundamental na investigação e morreu às vésperas de ser ouvido novamente pela polícia.
A viúva de Leandro, Shirley, fugiu logo após a morte de Marcel. Ela, que cumpria prisão domiciliar, está foragida desde então. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Rafael Magalhães, o cofre da pousada foi esvaziado e o local do crime foi alterado após a morte do empresário.
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