FALTA CELERIDADE
"Método dificulta escolha de nome para sucessão municipal", diz Lídice
Presidente do PSB, na Bahia, acha que nome do governo Jerônimo para disputa em Salvador está em atraso
Por Eduardo Dias e Rodrigo Tardio
A deputada federal e presidente do PSB, na Bahia, Lídice da Mata, pediu mais celeridade no processo da escolha do nome para a sucessão municipal em Salvador.
"Não tivemos discussão coletiva. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) pretende construir unidade. Acho que o o método como está se tentando isso dificulta a construção dessa unidade. A construção de um projeto unitário necessita de outros gestos que não só a vontade de um partido, ainda que esse seja o maior partido da esquerda. Acho que o processo está atrasado e o PSB, por exemplo, sempre teve cuidado de não lançar só uma candidatura", disse.
Questionada sobre o nome de Zé Trindade, que retirou o nome da disputa, alegando problemas de saúde, Lídice relembrou a importância do atual presidente da Conder, como um importante quadro do governo.
"Zé se destaca na administração desde o governo Rui. O nome foi colocado e ele mesmo disse que só seria candidato de aceitação de todo governo e não por um projeto apenas partidário. Na verdade nem ele pleiteou essa disputa, e sem dúvida sentiu dificuldade vinda do governo de um apoio consolidado. Colocar o nome é importante, porém o convencimento de todos os partidos também, colocado um projeto político para a cidade", afirmou.
A deputada relembrou que alguns partidos, sobretudo os que não estão na Federação, podem se reunir em outra chapa, como aconteceu com o PSOL, que anunciou candidatura própria para Salvador, com o nome de Kleber Rosa.
"A politica é conversa e ela não se viabiliza por decretos. Conversa amadurece posições com um tempo de decisão. Acho que o nosso tempo da conversa está com pouca conversa. O PSB, por exemplo, começou os diálogos ainda no carnaval com o PSD. Os que quiserem dialogar, vamos sentar e conversar. Os partidos estão conversando com o governo, apresentado os interesses por cidade. No municípios vamos tentar unir a base", reiterou.
Em relação a governabilidade de Lula, com as dificuldades enfrentadas na Câmara Federal, a parlamentar relembrou que precisou de uma construção para o alinhamento, já que o país passou por uma eleição conflitada, onde o país se dividiu.
"O nosso sistema elege um presidente e não dá maioria no Congresso. As atitudes do governo Lula são acertadas. Foi correto não negociar rapidamente com os partidos de oposição na Câmara. Foi uma dificuldade necessária, porém agora foi feito um acordo. Uma parcela significativa do centrão vem para o governo e o governo Lula deve ter tranquilidade nas votações". Estou insatisfeita com a perda que o PSB sofreu do Ministério dos Portos e Aeroportos do Brasil, que tinha como ministro, Márcio França, porém de forma racional na política sou obrigada a entender a importância dessas novas forças para o governo", disse Lídice em tom de conformismo.
Otimista, Lídice acha que a intenção da mini reforma eleitoral foi positiva, já que algumas regras foram consolidadas
"A mini reforma buscou consolidar algumas regras como garantia do transporte gratuito no dia da eleição, bem como a ampliação do tipo penal contra a mulher. Ampliou ainda os prazos processuais na Justiça Eleitoral, sendo que a contagem passa a ser em dias úteis e não dias em corridos em período não eleitoral, porém discordo centro do debate do processo eleitoral, que permanece nos grandes partidos tentando dirigir os processo de restrição dos pequenos e médios partidos ao voto do eleitor", finalizou.
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