MOTIM
Mortes em rebelião foram por "disputa de espaço", diz secretário
De acordo com Nestor Duarte, episódio pode ter "repercussão", inclusive nas ruas
Por Da Redação
O secretário estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, disse nesta segunda-feira, 21, que a rebelião ocorrida ontem dentro do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, foi motivada por "disputa de espaço". Na sua avaliação, as mortes ocasionadas pelo motim podem ter "repercussão", inclusive, na rua.
"Uma das vítimas fatais já tinha, inclusive, [cometido] várias mortes, e a polícia está apurando. É a polícia quem vai nos dizer o que aconteceu, para que a gente possa abrir inquéritos", disse Nestor em entrevista ao Bahia Meio Dia, da TV Bahia. Além de seis internos mortos, 17 detentos foram feridos durante a rebelião na Lemos de Brito. Houve também uma tentativa de fuga e policiais prisionais foram feridos com golpes de facas e facões.
Durante a entrevista, o secretário ainda questionou a entrada de armas no local. "Como é que essas coisas entram na unidade prisional? Nós temos um scanner lá na PLB [Penitenciária Lemos Brito], mas o contrato do scanner venceu. Mas nós temos uma esteira, que a pessoa passa. Nós estávamos com visitas suspensas durante quase um ano. Nós fazemos as vistorias, que são chamadas de baculejo, a cada 10, 15 dias", indagou.
No local, estão presos apenas homens já condenados em regime fechado. De acordo com a Seap, 1116 internos estão presos na unidade, excedendo a capacidade máxima - de 771 vagas. O Sinspeb (Sindicato dos Servidores da Polícia Penal do Estado da Bahia) afirmou que apenas três pessoas trabalhavam na penitenciária durante o episódio. A Seap confirmou a informação, mas afirma que não há um déficit de agentes penitenciários no estado.
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