Buscas por desaparecidos na tragédia de Mar Grande continuam
As buscas por duas pessoas desaparecidas após o acidente com a lancha Cavalo Marinho I, na travessia Mar Grande-Salvador, ocorrido no dia 24, continuam até as 18h deste domingo, 27. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), eles procuram por uma adolescente de 12 anos e um idoso de 69, que ainda não tiveram seus nomes, nem local de origem divulgados.
De acordo com a SSP, a Polícia Militar participa das buscas com o Grupamento Aéreo (Graer), fazendo voos periódicos até Valença. Já o Corpo de Bombeiros está presente com o Grupamento Marítimo (Gmar), em Mar Grande. A Marinha trabalha em um raio de 10km na Baía de Todos-os-Santos e também a saída da Boca da Barra, com 70 militares presentes até o pôr-do-sol.
O comandante do 2º Distrito Naval da Marinha, Flávio Almeida, explica que a instituição “reavalia ao final de cada dia a continuidade da busca, que prossegue até o final do dia”, diz. A SSP prevê que, caso não haja resultados até as 18h, a procura continurá nesta segunda-feira, 28.
A travessia Salvador-Mar Grande, liberada desde o dia 26, tem previsão de retorno para esta segunda. Almeida ressalta que todos os tripulantes que realizam o percurso são habilitados. “Eles sabem o que fazer. As embarcações não são clandestinas, são registradas”, pontua.
Sem mudanças
O presidente da Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), Jacinto Chagas, afirma que não há o que rever nas condições da travessia. “Se for apurado que alguma coisa precisa ser revista, a Capitania [dos Portos] irá passar isso para a gente e iremos modificar”, declara.
Por telefone, a assessoria da CL Transporte Marítimo, empresa responsável pela Cavalo Marinho I, afirmou que as normas estão sendo cumpridas e não há mudança nos procedimentos — que afirma estarem corretos. “Está tudo em perfeitas condições. Então a travessia vai acontecer nos mesmos moldes. Se houver condições de travessia, ela vai acontecer normalmente”, afirmou.
*sob a supervisão do editor-coordenador Luís Lasserre