Em protesto, sobreviventes da tragédia em Mar Grande pedem mais rigor na fiscalização

Sobreviventes e familiares de vítimas da tragédia de Mar-Grande protestaram na manhã deste sábado, 27, para pedir mais rigor na fiscalização das lanchas que fazem a travessia marítima para Salvador. O ato aconteceu em frente ao Terminal Marítimo da Ilha de Itaparica.

Durante o ato, os manifestantes cobram as indenizações e disseram que não são assistidos pelos órgãos competentes. O naufrágio ocorreu no dia 24 de agosto de 2017 e deixou 19 mortos.

A ação gerou comoção nas redes sociais. "A população de toda Vera Cruz devia sim se importar com esse caso e estar junto a essas famílias, lutando por justiça", aponta uma moradora da ilha através do facebook.

Inquérito

O inquérito sobre o acidente, apresentado na última terça-feira, 23, aponta que os possíveis responsáveis pelo naufrágio são o engenheiro responsável técnico pela embarcação e o proprietário da empresa responsável pela operação (CL Transportes), por negligência, além do comandante da embarcação, por imprudência.

Entre os fatores que contribuíram para o naufrágio, estão os de caráter material (instalação de pedras de lastro, sem avaliação técnica, e falta de fixação destes pesos, que causaram o deslocamento das pedras e desestabilizaram a embarcação); operacional (falta de medidas preventivas de segurança após perceber condições climáticas adversas, como evitar o banco de areia e retornar ao Terminal Marítimo de Mar Grande para aguardar a melhoria o tempo); e humano, que se refere à capacidade do condutor, inclusive física, mas que não foi incluído como causa determinante do acidente, ao contrário das duas primeiras.