BAHIA
“O baiano precisa se apropriar do Pelourinho”
Clarindo Silva diz que a Cantina da Lua se transformou na trincheira de revitalização do Centro Histórico
Por Osvaldo Lyra

O escritor, poeta, jornalista, empresário e agitador cultural Clarindo Silva é um dos maiores defensores do Pelourinho e do Centro Histórico de Salvador. De acordo com ele, existem vários problemas nessa área importante da cidade, que precisa da união de esforços para ser modificada. De São Paulo, onde lançou seus dois livros no último final de Semana, Clarindo deu detalhes da sua luta ao longo dos seus 80 anos e disse que seu restaurante, o famoso Cantina da Lua, se transformou em uma grande trincheira de defesa da revitalização do Centro Histórico”. Confira:
Você é escritor, poeta, jornalista, empresário, agitador cultural e ao longo dos seus 80 anos, 8 décadas de amor ao Pelourinho... Tem muito o que comemorar, Clarindo?
Há muito o que comemorar e estou muito emocionado. Primeiro, porque a gente sai do coração do Brasil para vir para o pulmão do país lançar nosso livro e também comemorar os 80 anos de seu João do Violão. Hoje nós estaremos comemorando os seus 80 anos e depois nós dedicaremos ao lançamento dos livros. Desde maio nós estivemos aqui e lançamos na Casa Barbosa e decidimos que voltaríamos em julho, mas coincidiu com o 2 de julho e eu preferi trazer agora para esse mês de agosto.
Como foi o lançamento dos livros em São Paulo?
Eu digo que foi um sucesso. Primeiro, porque ter a benção desse lançamento... Eu, um autor um tanto quanto desconhecido, ter a benção de lançar na Livraria da Vila foi algo extraordinário. E a possibilidade do livro, além de ter sido vendido alguns exemplares, a possibilidade de ficar na livraria... Modéstia à parte, eles colocaram em um lugar de muita visibilidade, na entrada, eu diria, dos grandes autores e um grão de areia. E a festa de seu João do Violão no dia 11 foi algo extraordinário e emocionante. Primeiro, porque boa parte das pessoas conhece seu João do Violão só pela música. Muita gente não sabe que ele foi bicampeão da Escola Rosa aqui em São Paulo, compôs dezenas de músicas de sucesso e, de repente, morreu com 79 anos de certa forma esquecido. E a família está se preparando para comemorar os 80 anos dele, ele foi para outro plano, e aí achou por bem que fizesse um show em homenagem aos 80 anos. Foi muito bom, muita gente, muita emoção. E eu estou aqui em São Paulo, digamos assim, fazendo um reconhecimento, visitando museus... Eu estive hoje no Museu da Língua Portuguesa, estive na Pinacoteca, no Parque Jardim da Luz, no Memorial da América Latina. Eu estou tendo um contato mais direto com a nossa cultura, com a cultura brasileira, com a nossa arte, e estou eternamente emocionado e feliz, com novos planos.
O que te inspirou a escrever o Conversa de Buzú, que está na primeira edição, e o Memórias da Cantina da Lua, que está na sua sexta edição…?
Nosso objetivo é divulgar nossa cultura, nossa arte, essa Conversa de Buzú, que aqui o pessoal chama de busão, é interessantíssima. Eu acho que todo mundo que lê esse livro dá muita risada. Porque Conversa de Buzú são conversas de pessoas... Eu gosto muito de andar de ônibus e andar a pé. Eu acho que é a melhor maneira de você conhecer a geografia física e social da cidade ou de um lugar. E aí eu comecei a ouvir essas conversas, achei interessante, fui juntando. Eu anotava em jornal, em papelão, cheguei a fazer anotações até em papel higiênico que era o que eu tinha na mão no momento. E aí na pandemia eu fechei a Cantina da Lua 14 dias antes de o prefeito determinar o lockdown, ou “tranca rua”, como queiram. E era para ficar 60 dias, fiquei 18 meses. Eu fui fazendo algumas coisas, me lembrei, peguei, comecei a digitalizar, pedi a minha neta para digitalizar e conseguimos... Peguei o Lucas Batatinha, que é o menino que fazia as ilustrações da fantasia do Olodum, dos Filhos de Gandhy, e o livro ficou essa joia que modéstia à parte está. Graças a Deus está sendo muito bem vendido, eu posso dizer que no Brasil, nos estados que ele está chegando, está vendendo bem. Quanto a Memórias da Cantina da Lua, nós tivemos inicialmente na década de 70-80, um livreto de Jehová de Carvalho que falava um pouco, Memória da Cantina da Lua. Depois nós resolvemos ampliá-lo. Hoje ele tem 160 e poucas páginas, com fotos, com algumas fotografias, com depoimentos que falam um pouco de minha vida e depoimentos de grandes celebridades, como o ex-reitor Germano Tabacof, Fernando Coelho, Bete Mendes, Kátia Melo, Edialeda Salgado, Imbassahy, tem o querido amigo Tasso Franco. Tem vários momentos que eu acho que engrandecem, enobrecem esse livro. Tanto assim que nós estamos na sexta edição com mais de 8 mil exemplares vendidos e, apesar de só ter em português, está em 26 países.
A gente está falando aí sobre a memória de um dos restaurantes mais tradicionais do Pelourinho, do Centro Histórico. Você já viveu muitas histórias bonitas, perigosas, tristes e alegres... O que essas memórias da Cantina da Lua trazem para o público, Clarindo?
Exatamente. Nós vivemos momento de muita preocupação e momentos de muitas alegrias. Você imagina que, na realidade, eu assumo a Cantina da Lua por um acaso, eu diria. Porque a Cantina da Lua eram duas portinhas ali no cantinho desse prédio onde ocupa hoje, onde hoje a Cantina funciona. A porção maior era um bazar de ferro velho. E eu cheguei no bazar exatamente com 12 anos de idade como empregado doméstico, auxiliar de balcão, balconista, subgerente, gerente, contador. Ao ingressar no jornalismo, eu trabalhava de noite no jornal e de dia no bazar. Em 70, nasceu o meu filho mais velho e eu resolvi buscar alguma coisa pensando na educação. Como eu iria investir na educação, porque eu ganhava 240 no jornal para outras despesas e 180 para dar no aluguel. E aí me veio... Caiu nos meus braços a possibilidade de arrendar as duas portinhas. E eu arrendei as duas portinhas, tomei 150 emprestado na terça-feira para pagar sábado. Deu certo, porque antes não vendia tira-gosto, só vendia bebida. E eu botei uma cartolina “não beba sem se alimentar”. E o meu tira-gosto era pé de galinha e ovos cozidos. Graças a Deus, deu certo.
Logo em seguida, eu estava vendo a degradação do Pelourinho. Porque até a década de 40, o Pelourinho era o grande centro comercial, político, econômico, financeiro. E depois da Segunda Guerra Mundial, a elite começou a se mudar para o Corredor da Vitória, para a Graça, para a Barra. E prédios que eram habitados por uma só família passaram a ser habitados por 38 famílias. O que significa dizer que houve um empobrecimento na área e a sociedade baiana virou as costas dizendo que o Pelourinho só tinha prostituição e marginalidade. E aí a gente criou uma entidade chamada Revicentro, que durou até 79. E na década de 70, nós também assistimos a saída da Faculdade de Medicina, saiu o Instituto Médico Legal, desativaram Plano Inclinado do Taboão. Houve um incêndio e echaram a Caixa Econômica, fecharam o Baneb. E aí a gente começa uma luta ferrenha, cria o projeto cultural Cantina da Lua e cria a Festa da Benção, que na minha ótica foi o principal processo alavancador. Porque de 83 a 91, nós fizemos 800 shows, trouxemos 4 ministros de cultura, fizemos um manifesto das nações e entregamos ao Presidente da República, senhor José Sarney, dentro da Cantina. Fomos mais ousados quando entregamos a carta do projeto cultural Cantina da Lua ao Papa João Paulo II. Nessa carta, nós falávamos do abandono da Igreja da Barroquinha, onde o padre Antônio Vieira fez grandes pregações. Falávamos da catedral. Falávamos, sobretudo, da nossa querida Faculdade de Medicina, em que eu convidei o papa a fazer parte de uma junta médica para tirarmos a Faculdade de Medicina da UTI, porque estava com suas vísceras expostas. E recebemos grandes nomes que passaram por ali.
Então, a Cantina se transformou, aquele espaço se transformou em uma grande trincheira de defesa da revitalização do Centro Histórico, da preservação do nosso patrimônio cultural, sem falarmos em 76 lançamentos de livros. Editamos 2 livros, além de uma dessas edições de Memórias da Cantina da Lua.
Você é uma das lendas vivas do nosso Pelourinho, conhecido pelo sorriso largo e por essa tradição de vestir branco e defender de forma intransigente o Pelô. Que avaliação você faz do Centro Histórico hoje, Clarindo?
E u posso fazer uma boa avaliação. Lógico que ainda não é o Pelourinho dos meus sonhos, porque nós pensamos na revitalização do Pelourinho e do Centro Histórico em 10 etapas e está travado na sétima etapa há um bom tempo. E a etapa que eu acho que seria fundamental para que nós pudéssemos realmente ver o Pelourinho como ele merece ser, precisaria da sétima, oitava e nona etapas, que seria a questão da moradia.
Eu acho que para ter conservação tem que ter vida. E nós temos mais de mil (? 53:50) no Centro Histórico que poderiam ser restauradas para botar gente para morar. Às vezes eu digo: não consigo entender como é que se faz conjunto habitacionais desmatando e destruindo a Mata Atlântica quando nós temos isso. E esse seria o grande momento para se restaurar, para se concluir a restauração do Centro Histórico, porque ano que vem nós estamos fazendo exatamente 200 anos da verdadeira independência do Brasil. E eu não consigo passar pelos caminhos da independência, e eu falo da Soledade, eu falo da Quitandinha do Capim, e falo do próprio Pelourinho. Eu digo sempre que o Pelourinho é o grande coração dessa nação chamada Brasil. E eu não consigo ver... Nenhum coração funciona se suas artérias não estiverem oxigenadas. E quando eu falo do Pelourinho, eu estou falando da Ladeira do Caminho Novo, da Ladeira do Tabuão, da Ladeira do Pilar, da Ladeira da Montanha, da Ladeira da Poeira, da Ladeira da Saúde, da Ladeira do Prata, da Ladeira do Ferrão, da Ladeira da Praça... Mas, sobretudo, da nossa Baixa do Sapateiro. Eu acho que a Baixa do Sapateiro é a artéria aorta do Pelourinho. E hoje você passa na Baixa do Sapateiro, dá dó passar por aquele lugar. E eu que tive a benção de estar ali desde menino... Dá dó quando você vê 10 casas fechadas e 2 funcionando. Eu passo ali todos os dias também e fico triste ao ver aquela área importante da cidade sem a devida atenção. Óbvio que o centro financeiro e o próprio crescimento da cidade tiraram a população dali daquelas ruas da Baixa do Sapateiro, mas o poder público poderia unir esforços realmente para transformar aquilo ali, dar uma nova função e ocupar aquela área que é tão importante para a nossa história.
Clarindo, um dos grandes problemas do Pelourinho é a questão da importunação provocada pelos falsos vendedores ambulantes, basta a gente abrir o aplicativo do TripAdvisor para comprovar isso. Baianos e turistas se sentem ameaçados, porque ao chegar no Pelourinho há aquele excesso de assédio e que infelizmente a gente não vê uma ação enérgica por parte do governo e da prefeitura para modificar essa realidade. Por que ninguém consegue resolver essa questão da importunação e o que poderia ser feito para mudar essa realidade?
Você fala isso e eu me emociono. Me emociono porque as pessoas confundem muito essa coisa dessa abordagem com segurança. Antes de falar dessa possibilidade de nós resolvermos isso, que eu vou colocar no ar, eu queria dizer que não podemos confundir essa questão social com a questão da segurança. O Pelourinho é hoje a área mais bem policiada do estado da Bahia. Nós temos um batalhão inteiro para segurança, uma delegacia de proteção ao turismo, doze câmeras monitorando a área e é o único bairro do Centro Histórico que você vê policiamento no chão 24 horas. É óbvio que a gente não pode ter um policial em cada esquina, em cada ponto do Centro Histórico, mas os pontos estratégicos estão policiados. Essa questão de abordagem é uma questão gravíssima, é um problema social gravíssimo. E quando eu estive presidente da Associação dos Comerciantes do Centro Histórico de Salvador, Acopelo, durante duas gestões, em uma das nossas administrações, nós lançamos um projeto que deu certo e que, se você me permite, eu vou correr atrás de me juntar novamente com a Acopelo, que é uma entidade que tem mais de 30 anos. E vamos fazer um movimento que nós fizemos quando eu estava na Acopelo. “Aqui se pratica solidariedade, mas não se dá esmola”. Naquela época, nós tivemos 100 mil folhetos em português, em espanhol e em inglês, distribuímos pelos hotéis, por todos os pontos da cidade, e diminuiu em mais de 70% e ajudou determinadas entidades. Na época, era o Hospital Espanhol, o Hospital Aristides Maltez e Irmã Dulce, me parece. Eram 100 entidades. As pessoas tinham o número da conta, nós fizemos um convênio com essas entidades. Tinham o número da conta, tinham tudo, telefone para contato. E quando o pedinte, o vendedor se aproximava, a pessoa mostrava esse documento, digamos assim, e houve uma queda muito grande. Existe todo um trabalho, mas é preciso que essa coisa seja atacada de uma maneira mais efetiva para que as pessoas se sintam seguras. Porque a gente sabe das dificuldades, principalmente depois da pandemia, é um problema social gravíssimo, mas nós que somos empresários, nós que somos baianos e que amamos aquele lugar não podemos permitir que as pessoas sejam excluídas. Então, ofereça um souvenir, ofereça pintura tribal. Se o frequentador não quer, acabou, não precisa insistir, ficar atrás, amarrando fitinha e depois querendo R$10. Então, são trabalhos sociais que a gente precisa tratar de frente. Eu acho que é um grande momento para nós darmos as mãos e preservarmos o nosso Centro Histórico, o nosso Pelourinho, porque eu já passei ali por grandes dificuldades e acredito que a perspectiva é que as coisas melhorem mais e mais.
O que deve ser colocado como prioridade pelo próximo Presidente da República e pelo próximo governador da Bahia a partir de 1º de janeiro?
Rapaz. Eu acabei de falar. Eu acho que no dia que nós tivermos a sensibilidade e seguirmos um pouco de Paulo Freire, Darcy Ribeiro e de Anísio Teixeira, e tivermos uma preocupação e um investimento também na área de saúde e cultura, nós vamos deslanchar, porque nós temos tudo para ser uma grande nação. A Bahia tem tudo para ser um estado de explodir, de encantar não só o resto do Brasil, mas encantar o mundo. Aí eu não preciso manter longe, porque é só falar um pouco do Pelourinho. Você chega no Pelourinho, você para assim 1 minuto e diz: olha, eu estou aqui na casa do maior embaixador do Brasil de todos os tempos, que foi Jorge Amado, que através da literatura levou a nossa cultura, a nossa arte para todos os continentes. Aí eu digo: o Olodum com o rufar dos seus tambores foi levar também a nossa cultura, nossa arte para o resto do mundo. Você tem a casa do Benin, você tem a casa do carnaval, você tem a Sociedade Protetora dos Desvalidos, uma entidade que foi o primeiro INSS dessepaís, e que eu não sei porquê ainda não está no roteiro turístico. Você entrar na Sociedade Protetora dos Desvalidos, que vai fazer 190 anos agora no dia 16 de setembro, você se emociona por tudo que aconteceu naquele lugar. Tantos artistas, mais de 170 anos. Aí tem a Igreja de São Francisco. Eu não conheço nenhum lugar no mundo... Eu não sou tão viajado como Osvaldo Lyra, mas em lugar nenhum do mundo que eu já fui eu vejo aquela arquitetura que em um raio de menos de 1 quilômetro nós temos 8 a 10 igrejas. Tem a Catedral Basílica, São Pedro dos Clérigos, São Domingo, Ordem Terceira de São Francisco, Igreja de São Francisco, São Miguel, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Senhor dos Passos. Aí a gente anda um pouco e encontra a Igreja do Carmo, mais um pouco a gente encontra a Igreja do Boqueirão. Anda mais um pouquinho e encontra a Igreja de Santo Antônio. Então, isso é cultura, isso é arte, isso é coisa que as pessoas precisam vivenciar. Entrar na casa de Jorge Amado é um retrato. Entrar na casa do Benin é uma coisa extraordinária que emociona todos nós. Então isso, é que eu acho que nós temos que investir. Investiu em educação, saúde e cultura, acho que ninguém segura esse país.
Para a gente finalizar, que Pelourinho você espera viver e ver ainda? Qual é o Pelourinho dos sonhos de Clarindo Silva?
O Pelourinho dos sonhos de Clarindo Silva é que ele continue sendo a joia do rei, como diz meu amigo Caetano Veloso, e que eu quero aproveitar e mandar meus parabéns pelos seus 80 anos. Oitentão, como eu falo. Então, o baiano precisa de apropriar do Pelourinho. Porque em qualquer parte do mundo que você chega que falam do Pelourinho as pessoas se emocionam. Eu me lembro que nós ganhamos um prêmio lá em Madrid da melhor caipirinha, a melhor caipiroska do Brasil, eu tinha 3 minutos para falar. Quando eu falo do Pelourinho, eu me emociono, e eu estava falando há 14 minutos. Alguém fez sinal, eu pedi desculpas. Quando eu pedi desculpas, o cara que estava sendo meu intérprete, era um angolano, disse: “eu estou aqui todo arrepiado. Eu já viajei o mundo... Continue falando, porque o que se conhece do Brasil é futebol e carnaval, o senhor está falando de história. Já viajei o mundo todo, se eu voltar a viajar, eu quero voltar para o Brasil. Para o Brasil não, eu quero voltar para o Pelourinho, que foi o único lugar que eu me encontrei como gente.” Quando ele falou isso, os 122 países que estavam no Centro de Convenções levantaram e aplaudiram o Pelourinho efusivamente. Aqui às vezes as pessoas me encontram na rua e perguntam assim: como é que está a violência no Pelourinho? Então, eu quero que o povo se aproprie, porque é um lugar mágico, é um lugar que nós tivemos a capacidade de transformar um lugar de tortura e derramamento de sangue em um lugar de energia, em um lugar de emoção. É o único lugar também talvez no mundo que possa ter colocado no estado dois grandes embaixadores, que são Jorge Amado, através da literatura, e Olodum, levando nossa emoção, nossa alegria, nossa força, nossa energia para o resto do mundo. Então, é importante que nós busquemos preservar o nosso Pelourinho, o nosso Centro Histórico, porque o povo que não preserva o passado não cuida do futuro.
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