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O Espiritismo não é hierarquizado

Por José Medrado | [email protected] | Foto: Divulgação

23/10/2019 - 9:11 h
José Medrado é mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz
José Medrado é mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz -

Tem causado no meio espírita repercussão com controversas, as declarações do médium Divaldo Franco, no último fim de semana à revista Veja São Paulo, como vemos no site, com a manchete: “Médium de direita”. Ali afirmou, segundo as informações de Ana Carolina Soares, que “Bolsonaro representa uma esperança”, e continua “apesar de eu não aprovar o seu discurso a favor da tortura”. Com todo respeito que o companheiro de doutrina merece, mas entendemos que a exceção não deve ser pincelada apenas sob esta questão, à luz da doutrina espírita, mas muitas outras, como a apologia do armamento, bem como o enxovalhamento dos princípios da teoria de gênero, que mal-intencionadamente associou ao conceito de ideologia, a fim de deturpar a base conceitual do estudo acadêmico bem fundamentado. O consagrado médium baiano certamente já deve ter ouvido muito perto de si os dramas que estas mentes carregam, por quererem se autodeterminar na direção dos clamores de suas almas (espíritos em si não têm sexo), mas são levadas por questões de todas as vertentes a se reprimirem a sua natureza afetiva, gerando, não raro, quando não equacionadas suas lutas, distúrbios de adequação sérios. Não se usa do bom siso quem fala em induzir crianças à modificação de seu reconhecimento de gênero, não é o caso. Ainda na mesma matéria opina: que Moro “ao prender Lula deve ter cumprindo a lei”.

De logo, e não poderia ser diferente, estas são expressões do entendimento do líder Divaldo Franco, que influencia milhares, claro, mas não guarda a síntese do entendimento espírita, em seu universo. É Divaldo Franco falando o que pensa e cultiva Divaldo Franco. A doutrina espírita não é hierarquizada de forma alguma. Os profitentes somos os construtores dos nossos valores de saber e de sentir, na idealização do que nos inspiram a razão, a emoção e, claro, as conveniências, os interesses. Dessa forma, as posições do médium Divaldo Franco, assim como as minhas, são as nossas concepções. Representam os nossos valores de percepção e de conceitos, como no demais todos assim somos. No exercício da sua plena cidadania Divaldo opina, mas não forma juízo de valor doutrinário, como, naturalmente não o faço, in casu do espiritismo quem o fez foi Allan Kardec.

Admiração a pessoas, a posicionamentos é natural, até necessária, como referências de similitude de sentir, mas tudo será sempre de foro íntimo, pois cada um constrói o seu mundo perceptivo e, consequentemente, opinativo e de ação, viabilizando seus instrumentos de visão de mundo, suas aspirações e ideais. É a humanidade que somos, fazendo-nos pensar, falar e realizar o resultado deste produto de ser, e quase sempre permeado, repito, pelas conveniências e interesses.

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